O ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) chegou ao IML de Curitiba por volta das 10 horas de ontem. O peemedebista foi preso pela Polícia Federal na tarde de quarta-feira, por ordem do juiz federal Sérgio Moro. Cunha entrou no IML escoltado por policiais federais e fez exames. O peemedebista disse bom dia ao entrar ao chegar ao Instituto. O ex-deputado passou a primeira noite preso na Superintendência da Polícia Federal, na capital paranaense.
Ao deixar o IML, oito minutos depois, ele voltou a classificar a sua prisão como absurda. Isso é uma decisão absurda, disse em sua primeira fala após ser preso.
Cunha foi capturado preventivamente perto do prédio dele, na Asa Sul, em Brasília. O magistrado acolheu os argumentos da força-tarefa da Procuradoria da República de que Eduardo Cunha em liberdade representa um risco para a instrução do processo e para a ordem pública.
Segundo a PF, Cunha está em uma cela individual, separada dos demais presos da Operação Lava Jato. A corporação informou ainda que não há previsão de tomada de depoimento do ex-presidente da Câmara dos Deputados.
WhatsApp – Logo após a notícia de sua prisão, na tarde da quarta-feira, Cunha foi excluído do grupo de WhatsApp formado pela bancada do PMDB na Câmara. Apesar de ter tido o mandato cassado há mais de um mês, o peemedebista ainda era membro do grupo no aplicativo.
Segundo relatos de parlamentares do PMDB, o deputado Hildo Rocha (PMDB-MA), administrador do grupo, excluiu Cunha às 13h35, cerca de meia hora depois da prisão e após saber que a PF havia apreendido o celular do ex-deputado.

Mixaria
Ao decretar a indisponibilidade de bens no montante de R$ 220 milhões do ex-presidente da Câmara e deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a Justiça Federal encontrou extratos zerados e uma ação da Oi no valor de R$ 2,10 em nome do peemedebista. Já em nome de sua mulher Cláudia Cruz, o Banco Central identificou R$ 622 mil.

Advogado de delatores é contratado
O ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) contratou o advogado Marlus Arns, que atuou no acordo de delação premiada de empresários na Operação Lava Jato. Ao deixar a sede da Federal na capital paranaense ontem, após visitar o ex-deputado, o criminalista Marlus Arns afirmou que delação premiada não foi tema de conversa.