A ação da Polícia Federal, que prendeu quatro policiais legislativos do Senado nesta sexta-feira (21), mira a varredura de grampos telefônicos em imóveis de senadores e ex-senadores. De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, Gleisi Hoffmann (PT-PR), Fernando Collor (PTC-AL), Lobão Filho (PMDB-MA) e José Sarney (PMDB-MA) seriam os alvos.

De acordo com o Ministério Público Federal, em pelo menos duas ocasiões, os agentes públicos se deslocaram até a cidade de São Luiz (MA) e Curitiba (PR) para executar as tarefas. O MPF, porém, não divulgou os nomes dos parlamentares que são alvos, até pela prerrogativa de foro.

 

A Polícia Federal cumpriu, na manhã de hoje (18), mandados judiciais no Senado Federal ligados a uma nova operação, denominada Métis, que apura a atuação de agentes da Polícia Legislativa para atrapalhar as investigações da Operação Lava Jato e também de outros casos envolvendo políticos.

Quatro mandados são de prisão temporária de membros da Polícia Legislativa. A PF aponta o diretor da Polícia do Senado, Pedro Ricardo Araújo de Carvalho, como líder do grupo que utilizava a estrutura de inteligência da Polícia Legislativa para atrapalhar investigações contra senadores e ex-senadores.

Agentes da PF estão neste momento nos gabinetes da Polícia Legislativa do Senado, no subsolo da Casa, para coletar provas. Segundo a PF não estão sendo cumpridos mandados em gabinetes ou endereços de políticos.

De acordo com a PF, Carvalho ordenou a prática de atos de intimidação à Polícia Federal, no cumprimento de mandado expedido pelo Supremo Tribunal Federal em apartamento funcional de Senador.

Carvalho é homem de confiança do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) que, segundo sua assessoria, encontra-se em Maceió nesta sexta-feira.

Ao todo, estão sendo cumpridos nove mandados judiciais. O grupo vai responder pelo crimes de associação criminosa armada, corrupção privilegiada e embaraço à investigação de infração penal. Somadas, as penas podem chegar a 14 anos de prisão, além de multa.

Os investigados responderão por associação criminosa armada, corrupção privilegiada e embaraço à investigação de infração penal que envolva organização criminosa. Somadas, as penas podem chegar a 14 anos e 6 meses de prisão, além de multa.

A Justiça Federal determinou a suspensão do exercício da função pública dos policiais do Senado envolvidos.

O nome da operação faz referência à Deusa da proteção, com a capacidade de antever acontecimentos.