NICOLA PAMPLONA
RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – O candidato do PSOL à prefeitura do Rio, Marcelo Freixo, acusou neste sábado (22) seu oponente Marcelo Crivella (PRB) de ser “um cara violento”.
Ele comentou reportagem publicada pela revista “Veja” sobre a detenção de Crivella por uma confusão com invasores de terreno da Igreja Universal em Laranjeiras, na zona sul do Rio, em 1990.
“A matéria [de “Veja”] mostra um fato grave, que é a entrada na casa de uma pessoa com um grupo armado. Isso é um ato violento”, acusou Freixo.
A revista traz na capa da revista distribuída no Rio fotos de Crivella ao ser fichado na delegacia na noite da ocorrência.
“A gente precisa saber quem é o Crivella. Por trás da fala mansa, tem um cara que é racista, tem um cara que é machista, tem um cara que é violento”, disse o candidato do PSOL.
As declarações foram dadas à Folha no fim da tarde. Mais cedo, em evento na zona Oeste da cidade, Freixo disse que ainda precisava se inteirar do conteúdo da reportagem antes de comentar.
De manhã, sua vice, Luciana Boiteux, publicou mensagem em redes sociais dizendo que não reproduziria a capa da revista porque Crivella “não pode ser considerado culpado antes de sentença penal condenatória transitada em julgado”.
No texto, ela diz repudiar a “campanha suja e mentirosa” do concorrente no segundo turno.
Em vídeo divulgado nas redes sociais este sábado, Crivella diz que nunca foi preso e que o caso não deu origem a processo judicial. Ele falou ainda que processou o delegado por abuso de autoridade.
Crivella argumenta que foi chamado para para fazer a inspeção de um muro que estava correndo risco de desabar.
“O terreno era da Igreja Universal mas estava invadido e os invasores não deixaram entrar. Deu uma confusão danada e foi todo mundo para a delegacia”, afirmou.
De acordo com a “Veja”, não foi possível localizar o inquérito nos arquivos da polícia e as informações foram obtidas a partir de uma cópia entregue pelo próprio candidato.
“É muito estranho o inquérito estar na casa da própria pessoa investigada”, disse Freixo.
“O que a gente precisa saber é que é o Crivella. Por trás da fala mansa, tem um cara que é racista, tem um cara que é machista, tem um cara que é violento, que tem sido violento na campanha. O que a matéria mostra é um fato grave, que é a entrada na casa de uma pessoa com um grupo armado. Isso é violento”.
E comentou o sumiço do inquérito: “estranho o inquérito está na casa da pessoa investigada”.