BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – A Polícia Federal soltou os agentes da Polícia do Senado Antônio Tavares, Everton Taborda e Geraldo Cesar de Deus Oliveira, presos na sexta-feira (21) na Operação Métis. Continua detido o diretor da polícia legislativa, Pedro Araújo Carvalho. Homem de confiança do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), Carvalho não prestou um depoimento considerado “satisfatório” pela PF, como fizeram seus subordinados que saíram em liberdade. Os policiais respondem por práticas que, ainda segundo a PF, tiveram o objetivo de atrapalhar a Lava Jato. Eles foram denunciados por Paulo Igor Bosco Silva, 29, também agente legislativo. Em depoimento à PF, Silva afirmou que varreduras fora do Senado foram feitas para “blindar” senadores investigados pela PF. Os senadores Fernando Collor (PTC-AL) e Gleisi Hoffmann (PT-PR) tiveram suas residências vasculhadas por policiais do Senado para detectar se eram alvo de escutas telefônicas ou ambientais. Também foram atendidos o ex-presidente da República José Sarney e o ex-senador Edson Lobão, ambos do PMDB. Segundo a PF, as varreduras foram realizadas em desacordo com as normas do Senado, que só permite o serviço nas dependências do Congresso. OUTRO LADO O presidente do Senado, Renan Calheiros, negou as irregularidades. Em nota, logo após as prisões, ele afirmou que a Polícia Legislativa atua “dentro da lei” e “exerce suas atividades dentro do que preceitua a Constituição, as normas legais e o regulamento administrativo do Senado Federal”.