Uma legião de bactérias, fungos, vírus e germes invade os hospitais e ameaça os pacientes todos os dias. Com esses exército de microorganismos, o risco de infecção hospitalar é sempre uma possibilidade. Em Curitiba, a taxa de infecção hospitalar fica bem abaixo da média nacional, mas os números registraram aumento de 2014 para 2015. 

Segundo informações da Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba (SMS), no ano retrasado a taxa geral de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde (IRAS) no município foi de 0,74% em hospitais sem Unidade de Terapia Intensiva e de 2,20% em hospitais com UTI. No ano passado, esses valores saltaram para 1,06% nos estabelecimentos sem UTI e 2,30% naqueles com UTI. O Grupo de Trabalho IRAS (GTIRAS) monitora, ao todo, 70 hospitais da Capital, sendo 38 sem e 32 com UTI.
Segundo estimativa da Organização Panamericana de Saúde (Opas), entre 5% e 10% das pessoas que são internadas nos países latinos americanso contraem uma ou mais infecções. No Brasil, estima-se que o percentual seja de aproximadamente 13%. No caso de pacientes em estado grave, contudo, a infecção hospitalar pode atingir até 80%, segundo estimativa da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

A infecção hospitalar consiste em qualquer tipo de infecção adquirida após a entrada do paciente em um hospital ou ainda após a sua alta — caso a doença esteja diretamente relacionada com a internação ou procedimento. Em geral, se manifesta entre 48 e 72 horas após o internamento, podendo inclusive levar à morte.
Crianças — Quando a internação envolve crianças e se dá, portanto, em uma UTI Pediátrica ou de Neonatal, o risco de infecção é ainda maior, até pela fragilidade imunológica do paciente. Nas UTIs pediátricas (existem quatro em Curitiba), por exemplo, a densidade incidência de infecção foi de 12,9 por 1000 pacientes-dia. Nas UTIs neonatais, o índice em 2015 foi de 9,93 — uma queda de 11,42% na comparação com 2014, quando registrou-se um índice de 11,21.