O delegado Fábio Amaro confirmou, no começo da noite desta segunda-feira (24), que a morte do estudante de 16 anos no Colégio Estadual Santa Felicidade foi um assassinato. Um adolescente de 17 anos, que também estuda na instituição e participava da ocupação, foi apreendido e pode ter envolvimento com o caso. Neste momento ele estaria prestando depoimento na Delegacia do Adolescente. Segundo o secretário de Segurança Pública, Wagner Mesquita, ele já teria confessado o crime.

As informações apuradas pela Polícia Civil aponta que os dois jovens teriam usado drogas dentro da escola. Irritados com a atitude, os outros estudantes que participam da ocupação pediram que os dois se retirassem do local. A vítima e o suspeito, então, se recolheram para uma espécie de alojamento que há no local, onde se desentenderam e ocorreram as agressões. Outros alunos teriam presenciado a agressão.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (Sesp-PR), as investigações já estão adiantadas e poderão ser encerradas até amanhã. O secretário Wagner Mesquisa também apontou que pais, diretores e até mesmo professores do colégio poderão ser responsabilizados, caso comprove-se que houve omissão. 

Ainda na noite desta segunda, a Secretaria de Segurança divulgou que o adolescente apreendido confessou ter matado o colega de 16 anos dentro do Colégio Estadual Santa Felicidade, em Curitiba. Os dois estudavam na escola, que está entre as ocupadas por alunos no Paraná. O crime aconteceu durante à tarde. A faca que teria sido usada no crime foi apreendida no local.

O suspeito alegou, em depoimento, ter havido um desentendimento enquanto ele e a vítima consumiam uma droga sintética e que durante a briga esfaqueou o colega numa tentativa de se defender.

A Secretaria de Segurança Pública lamenta a morte deste jovem de 16 anos em um local dedicado à educação, ao exercício da cidadania e que, infelizmente, virou palco de um crime, declarou o secretário Wagner Mesquita, que explicou detalhes do crime em entrevista coletiva. A polícia segue com as oitivas de testemunhas e de outros alunos que estavam na escola.

As diligências indicam que os dois menores, que participavam deste movimento de ocupação das escolas, fizeram uso de droga sintética, dividindo uma ‘balinha’, como eles chamam. Ele confessou que por causa dos efeitos da droga, teriam ficado alterados e o grupo então solicitou que eles saíssem do local, indo para o alojamento, onde se desentenderam. A vítima teria partido para cima do autor, que portava uma faca de cozinha no bolso e que então teria se defendido atacando o outro adolescente, de quem era amigo de infância, explicou Mesquita. Os golpes teriam atingido pescoço e o peito da vítima, que não resistiu aos ferimentos e morreu ainda dentro da escola.