Phra Worawongse Ther Phra Ong Chao Bhumibom Adulyadej, rei da Tailândia, morreu em 13 de outubro de 2016, depois de reinar durante setenta anos e ser o mais longevo das cabeças coroadas no planeta.

Nasceu em 5 de dezembro de 1927 no Hospital Mount Auburn de Cambridge, Massachusetts. Viveu toda sua juventude na Europa, estudando na Suíça e teve um acidente de carro, no qual perdeu uma das vistas. Casou com uma prima distante – Sirikit Kitiyakara, filha do embaixador tailandês na França, uma semana antes de sua coroação, em cerimônia realizada em Lausane, Suíça. Foi tantos anos o dirigente de um país exótico para o resto do mundo, tão diferente de tudo, que passou a ser considerado como a Disney dos adultos. Ou o resultado de algum ácido tomado pelos seus arquitetos. É que a parte antiga da cidade, cheia de palácios, mosteiros e monumentos reluzentes de ouro, difere de tudo o mais que um humano possa ter visto ou sonhado. Ficou tantos anos no poder, que a gente tinha impressão de que já tinha vivido duzentos anos. Mas morreu aos 88 anos, como um mortal igual aos outros, no quarto de um hospital de Bangkok, embora tenha sido venerado durante a vida toda como um enviado dos céus, um ser divino e intocável.

Para o turista, a Tailândia continua sendo um destino paradisíaco. Com suas praias de areias brancas, as laguna turquesa, as águas esmeralda, a beleza da vegetação, a elegância de sua arquitetura antiga. A natureza generosa deu à riqueza da Tailândia o privilégio de ser banhada pelas águas mornas do golfo do Siam e o mar de Andaman. O sorriso constante e a acolhida afável do seu povo fazem parte dos atrativos principais para o visitante. Enquanto o budismo for a religião preponderante, nada disso vai mudar.


O rei mais longevo do planeta, morreu aos 88 anos, depois de dirigir a Tailândia durante setenta anos

Templos rebrilhando na luz do sol, campos de arroz a perder de vista, terra dos mercados flutuantes, orquídeas, florestas, o famoso Rio Kwai, terra da elegância e, ao mesmo templo, da simplicidade. Terra dos Sorrisos. Para descobrir a verdadeira Tailândia é preciso se afastar um pouco da superfície modernizada e ocidental, e olhar mais para a paisagem misteriosa, cenário de montanhas no Norte cobertas de florestas, a paz dos milhares de templos, os canais por onde flutuam os barcos que funcionam como lojas e restaurantes. É beleza e harmonia para ninguém botar defeito.

É verdade que Bangkok é a Tailândia do futuro, com seu trânsito infernal e os mais de cinco milhões de habitantes ocupando as duas margens do rio Chao Phraya. Em um dos lados fica a cidade de Thonburi, no outro lado, Bangkok. Que já foi chamada de Veneza da Ásia por causa da rede de canais movimentados por milhares de barcos em todas as horas do dia. Hoje os khlongs – canais – e as casas de madeira, estão sendo substituídos por estradas e prédios de concreto. Mas é para o que resta do passado que o turista deve dirigir sua atenção: é onde estão os tesouros dos templos dourados, como o Wat Phra Kaeo e seu reverenciado Buda de Esmeralda; Wat Trimit com o Buda de ouro maciço, pesando 5 toneladas; Wat Pho e o imenso Buda reclinado, coberto de folhas de ouro. Sem esquecer o magnífico Wat Arun, Templo do Amanhecer.

O povo de Bangkok vive em pleno ar. Raramente ficam fechados em quatro paredes e fazem suas refeições em espaços abertos. Um estilo de vida que predispõe a uma vida em comum da população, onde a individualidade é banida e o contato humano encorajado. Bangkok ganha animação aos primeiros raios do dia. Todos os tipos de transportes tomam posse das ruas, das calçadas, dos estacionamentos, de cada esquina. Vendedores ambulantes instalam suas barracas e suas cozinhas improvisadas. E essa atividade frenética se estende até altas horas da noite.


Tradições preservadas, belezas que só existem no país asiático, a Tailândia vive o Turismo internacional

É a partir das primeiras horas do dia que os monges vestidos com panos amarelo açafrão caminham pelas ruas, sempre carregando uma tigela de pedinte, símbolo de sua condição inferior. 95% da população na Tailândia é budista e 10% dos homens acaba sendo monge ou religioso. Jovens ou idosos, são tratados com grande respeito e reverência e o povo faz fila, todas as manhãs, para distribuir alimentos aos monges pedintes.

Chiangmai é a segunda cidade da Tailândia. Fica cercada pelas montanhas do norte, generosamente protegida pelas florestas. Com o som do trishaw, um triciclo transformado em rickshaw e a cadência dos sinos nos templos, o tempo parece ter parado por ali. O Wat Phratat Doi Sutep dominada a cidade.

Tailândia pode ser descoberta também nas planícies centrais de Chado Phrayam que relembram os fabulosos tempos dos reinos de Sukhotai e Ayutthaya, que permitiram o surgimento da cultura Thai. É verdade que todos os atrativos e charmes que o turista procura estão no Sul, onde ficam as ilhas de Phuket e Ko Samui e a paradisíaca ilha de Ko Phi Phi. Onde estão das lagunas turquesa e esmeralda, as areias brancas e rosadas, as palmeiras tremulando com a menor brisa.


Tailândia, um mundo exótico, misterioso, para ser desvendado como a Disney dos adultos

Phangnga Bay é famosa pelas grutas e rochas que sobem como lanças para os céus, como verdadeiros icebergs tropicai. Mas a verdadeira riqueza é o senso de valores e a fraternidade dos habitantes, símbolos da Terra dos Sorrisos.

Principais cidades: Bangkok (capital), Chiangmai, Udonthani, Korat, Hat Yai, Ubon. O clima é tropical, com estação de chuvas entre junho e setembro. Melhor época para a viagem é entre outubro a janeiro. As boas compras são para o artesanato, que é muito variado e rico em beleza em madeira, bronze e prata. As jóias são um destaque à parte, com muito ouro, rubis e esmeraldas, além de pérolas. No Norte, sombrinhas de seda pintadas à mão, objetos em laca, peças em palha trançada. E tecidos das tribos que habitam as montanhas, em geral com bordados. As sedas são requintadas e um bom lugar para compra-las é a Fundação Jim Tompson, em Bangkok. A seda Thai existe nas mais bonitas cores, pesos e larguras, qualidade e preços. Sempre lembrando pedras preciosas. Algumas lojas confeccionam vestidos, camisas e ternos na medida do freguês, em apenas 24 horas. Se o turista fica muito ocupado, visitando belezas, a loja entrega a encomenda no hotel. Mas é importante barganhar, uma arte que faz parte da cultura. O algodão também é excelente escolha. Para as antiguidades é preciso bastante cuidado e só os que realmente conhecem o assunto devem se aventurar. Reproduções existem em grandes quantidades. E, quando for encontrada alguma peça que realmente seja valiosa, provavelmente o Governo impedirá sua saída.

Do aeroporto ao centro da capital são 40 minutos de viagem. Se o hotel não estiver contratado para fazer o traslado, o turista por utilizar as chamadas limousine-taxis. Quem chega de São Paulo, Inglaterra, Japão ou Austrália, vai se sentir em casa no trânsito caótico, onde os carros circulam do lado esquerdo das estradas. Mas as semelhanças com os motoristas de Londres ou Sidney terminam por aí. Nunca fale com o motorista porque sua amabilidade fará com que ele deixe de olhar a estrada e passe a conversar com você, tirando o carro da faixa correta.


Quando o dia amanhece, os monges saem às ruas de Bangkok para receber alimentos doados pela população, que é 90% formada por budistas

Quem escolher bem o hotel, ficará à beira rio, como o Oriente ou o Shangri-La, e terá uma vista única sobre Bangkok. O rio Chao Phraya alimenta todos os canais e, pela manhã, fica em cheia, jogando suas águas em direção ao Norte. Pela tarde é maré baixa, carregando os detritos tropicais para o Sul. Durante todo o dia o rio é a artéria principal, movimentando a cidade com um intenso comércio, com as minúsculas sampans acotovelando-se nas horas do rush. O rio é tão largo que são poucas as pontes construídas. O meio mais fácil de atravessá-lo é utilizando o ferry boat. Experiência que todos devem ter é andar de tuk-tuk, a forma mais rápida de se locomover. Os jeriquixás motorizados são instáveis, balançam sempre, garantido fortes emoções. Quem não quiser se arriscar, pode comprar um tuk-tuk pequeninho, como lembrança.

Bangkok, como Veneza, está afundando. A evidência disso está nos edifícios mais antigos, que mostram inclinações, desvios, rachaduras que anunciam perigos. E a ingenuidade humana finge que não vê. Mas toma algumas precauções, construindo novos prédios com base em técnicas modernas.

A Tailândia sempre atraiu milhões de turistas todos os anos. O Turismo é sua principal indústria. E a hospitalidade o seu atrativo maior. O budismo Theravada e a exótica decoração dos templos enfeita a cidade por todos os cantos. Um fascínio constante com os tetos dourados. O Grande Palácio com seus pagodes, espirais e tetos trabalhados em ouro, é visita indispensável. Para os que têm espírito forte e coragem, com certeza vai querer conhecer o Pat Pong, bairro exótico, de fama conhecida.

Fora da cidade, o Rose Garden é onde os visitantes encontram elefantes trabalhando, que depois podem ser alugados para passeios. Importante é aproveitar para ficar em um dos magníficos hotéis luxuosos, tipo Shangri-La, com seus 687 quartos de requintes asiáticos e confortos modernos.

Nos principais hotéis à beira d’água os restaurantes, bares, cafeterias, grill e piscinas ficam de frente para o rio, com vista imperdível enquanto se saboreia pratos típicos Thai ou da gastronomia internacional. Tailândia, no meio caminho entre a China e a Índia, consegue conservar tradições e combinar confortos ocidentais. Aproveite e vá conhecer um país de mistérios, encantamentos, belas paisagens. Boa opção para quem o turismo convencional não tem mais segredos.