NICOLA PAMPLONA
RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – O governador licenciado do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), negou nesta sexta (28) que os incentivos fiscais concedidos a empresas privadas sejam responsáveis pela crise financeira do Estado.
A política de incentivos está sendo questionado pelo Ministério Público Estadual, que obteve na Justiça liminar para impedir que o Estado conceda novos benefícios.
De acordo com o MP, o Rio concedeu R$ 150 bilhões nos últimos cinco anos.
“Os incentivos permitiram atrair diversas empresas que estão gerando arrecadação e empregos”, defendeu Pezão, em entrevista durante evento na Firjan, citando como exemplos a Nissan e a L’Oréal.
Pezão disse que, enquanto houver guerra fiscal entre os Estados, continuará concedendo benefícios para tentar atrair empresas.
“Ou faz um pacto no qual ninguém dá mais incentivos ou a guerra fiscal vai continuar”, disse.
“Enquanto eu estiver à frente do governo, a gente vai continuar dando incentivos para atrair empresas e gerar empregos.”
Pezão admitiu que o governo ainda não pode garantir o pagamento do 13º salário do funcionalismo público neste ano.
“Estamos discutindo o assunto com a equipe econômica, mas ainda estamos correndo atrás para pagar o salário do mês”, declarou.
Pezão reassume o cargo na próxima segunda (31), sete meses depois de pedir licença para tratamento de um câncer.
No seu retorno, vai fechar um pacote de medidas para tentar enfrentar a crise financeira do Estado, que deve ser anunciado na próxima sexta (4).
Pezão não quis antecipar as medidas, mas disse que não há previsão de aumento de impostos.