SYLVIA COLOMBO, ENVIADA ESPECIAL
CARTAGENA, COLÕMBIA (FOLHAPRESS) – Primeiro mandatário a chegar a Cartagena na manhã desta sexta (28) para a Cúpula Iberoamericana, o peruano Pedro Pablo Kuczynski disse ao desembarcar que “vai ser uma reunião muito importante, porque vamos conversar sobre os grandes temas da América Latina, incluindo os do país vizinho, a Venezuela”.
PPK, como é conhecido, disse nesta quinta (27) que pedirá a outros líderes latino-americanos, nesta ocasião na Colômbia, que seja ativada a carta democrática da OEA (Organização dos Estados Americanos) ao governo da Venezuela.
“Vamos estar em Cartagena com líderes da região e pediremos a ativação da carta, ao mesmo tempo que se prepare um operativo de ajuda humanitária à Venezuela, porque todos sabemos que há problemas com relação a alimentação e remédios”, afirmou.
A carta contempla a possibilidade de se expulsar países da entidade quando estes não cumprem com certos parâmetros de governabilidade.
PPK também apoiou abertamente as marchas realizadas em Caracas e outras cidades venezuelanas nos últimos dias contra o governo do presidente Nicolás Maduro.
Também nesta semana, o Congresso peruano votou um pedido para que o presidente convoque seu embaixador, Mário López, para que retorne ao Peru, “como expressão de protesto por conta dos acontecimentos antidemocráticos nesse país”.
O comunicado do Congresso afirma também que “condena os atos que sistematicamente vem realizando o governo venezuelano para impedir a realização de um referendo revogatório”, e considerou que tais medidas significam um “rompimento constitucional e um golpe de Estado inaceitável.”
O retorno do embaixador foi aprovado pelo Parlamento por 81 votos a 13, mas ainda depende da decisão final de PPK.