Os dados de emprego da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) de setembro mostram que a taxa de desemprego ainda vai aumentar por dois trimestres, chegando ao ápice no fim do primeiro trimestre de 2017, com 12,3%, e entre 12 e 13 milhões de pessoas desocupadas. Essa é a avaliação do economista-chefe da Gradual Investimentos, André Perfeito.

A Pnad Contínua divulgada na semana passada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apresentou taxa de desocupação em 11,8% no terceiro trimestre, frente à 11,3% entre abril e junho e 8,9% no terceiro trimestre de 2015.

“Com essa Pnad, mantém-se o raciocínio de que o emprego deve continuar piorando até o primeiro trimestre do ano que vem, até porque não acredito que deva ter uma queda de juros forte até lá, e até pela PEC 241, que indica uma contenção de gastos, ou seja, não deve ter estímulos na demanda no curto prazo”, disse.

Para ele, a sazonalidade positiva normalmente observada no fim do ano, com as contratações para o Natal, não deve surtir efeito este ano, uma vez que o País está passando por um ajuste recessivo na economia. “Esse Natal deve ser pior do que o do ano passado”, considerou.