Os quase 7 mil profissionais de odontologia que atendem pelo Sistema Único de Saúde no Paraná poderão atualizar os conhecimentos e tirar dúvidas da área com o Teleodontologia. O novo projeto da Secretaria estadual da Saúde em parceria com seis universidades do Estado vai oferecer capacitações (teleducação) e consultorias (teleassistência) online a partir do ano que vem. 

Nosso objetivo é sempre melhorar a qualidade dos serviços prestados aos cidadãos paranaenses. Os cursos servem não só para reciclar os conhecimentos, mas também para motivar o profissional que realiza esses atendimentos, afirma o secretário de Estado da Saúde, Michele Caputo Neto. 

A ideia inicial é dividir a capacitação em seis módulos no período de um ano, todos online, cada um oferecido por uma universidade: Universidade Estadual de Londrina, Universidade Estadual de Maringá, Universidade Estadual de Ponta Grossa, Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Universidade Federal do Paraná e Pontifícia Universidade Católica do Paraná. 

O projeto também conta com a parceria da Escola de Saúde Pública do Paraná, que auxilia na organização dos cursos. É praticamente impossível capacitar todas as equipes do Estado em tão pouco tempo, não só pelos custos, mas também pela dificuldade de deslocamento. O projeto vai ter a capacidade de atender a todos com o uso da tecnologia, explica o coordenador da Rede de Saúde Bucal da Secretaria de Estado da Saúde, Guilherme Graziani. 

Os temas programados para o início das capacitações vão desde o atendimento voltado às gestantes, o diagnóstico precoce de câncer bucal e técnicas de restauração atraumática (ART). Os assuntos foram escolhidos de acordo com as demandas atuais do Estado. Para os próximos cursos, os participantes também poderão sugerir temas de interesse. 

ASSISTÊNCIA – Além do ensino à distância, o projeto também aplica a tecnologia para dar consultoria a profissionais que atuam na área. A proposta sugere uma rede formada por professores e alunos das universidades para ser consultada em caso de dúvidas ou algum esclarecimento dentro das suas competências. 

Temos a intenção de aproximar o ambiente acadêmico dos serviços de saúde pública e assumir o papel de sanar dúvidas, que compete às universidades. Dessa maneira, o conhecimento científico atualizado deve chegar rapidamente ao profissional da assistência, afirma a presidente da Associação Brasileira de Ensino Odontológico (Abeno), Maria Celeste Morita. 

Para facilitar a adesão, foram distribuídas câmeras intraorais aos municípios, que facilitarão o registro das situações para buscar o apoio diagnóstico dos casos atendidos. O programa é similar ao Telessaúde, já utilizado no Paraná para a segunda opinião de um especialista no diagnóstico do câncer bucal.