Segundo Anderson Rocha, docente da Unicamp e membro da organização internacional Instituto de Engenheiros e Eletricistas Eletrônico, além da detecção de falsificação de imagens e vídeos, o grupo também atua em diversas frentes de pesquisa. Uma das técnicas desenvolvidas é a de “superresolução”. “No vídeo, conseguimos explorar a informação ao longo do tempo e cada quadro tem uma informação inédita. Usamos técnicas que combinam essas informações e conseguimos, por exemplo, identificar com precisão a placa de um carro suspeito que aparecia na gravação de uma câmera da rua, mas que estava completamente ilegível, pela baixa resolução.”
O grupo também desenvolveu um software capaz de detectar falsificação de dinheiro e outro para identificar obras de arte falsificadas. “Nosso algoritmo aprendeu exatamente padrões e formas de pinceladas. Quando mostramos uma ilustração, ele confirma a autenticidade com 95% de acerto.”
De acordo com ele, quando uma foto é divulgada na internet e diversas pessoas começam a compartilhá-la com pequenas alterações, cada nova modificação deixa vestígios. “Buscamos investigar se cada documento é autêntico ou não. Caso seja falso, fazemos seu rastreamento na web e conseguimos entender como ele evoluiu, quem criou as versões intermediárias e qual a ordem das alterações”, explicou.