Além do projeto internacional financiado pelo governo dos Estados Unidos, desde 2013, o grupo liderado por Anderson Rocha na Unicamp tem um convênio de cooperação em pesquisa com o Instituto Nacional de Criminalística (INC) da Polícia Federal para auxiliar na solução de casos de crimes que envolvem manipulação de imagens e até falsificação de dinheiro e de obras de arte. Segundo Rocha, o projeto, chamado DeepEyes: Soluções de Computação Visual e Inteligência de Máquina para Computação Forense e Vigilância Eletrônica, é uma parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), cuja equipe é liderada por William Robson Schwartz.
“A demanda é bastante grande. Nós desenvolvemos as soluções de acordo com os problemas encontrados em casos reais, sempre que somos acionados pela Polícia Federal ou pela Polícia Científica”, disse Rocha. Embora não possa revelar detalhes dos casos, em um deles um homem havia sido acusado de envolvimento com pornografia infantil, com base em imagens falsificadas. Os cientistas conseguiram ajudar a desvendar o caso e inocentar o acusado. “Em outro caso, há dois anos, imagens criminosas foram produzidas em uma festa, mas não se sabia quem era o autor. Como várias câmeras foram apreendidas, apenas com base nas fotos conseguimos identificar de qual aparelho a imagem havia sido capturada.”