A Coluna Conteúdo Sustentável desta semana traz informações sobre o Green Festival Expo, que é o maior e mais longo evento de sustentabilidade e vida verde que acontece nos Estados Unidos.

As informações vieram direto do Festival, realizado em São Francisco, Califórnia, e foram enviadas pela arquiteta e paisagista curitibana Giselle Marques – que percorre o mundo ao lado do marido, o também curitibano Edívio Junior, ambos integrantes da trupe do Cirque du Soleil.

Segundo conta Giselle, o Festival apresenta uma ampla seleção de produtos e serviços que incentivam a sustentabilidade no trabalho, no lazer e no modo de vida das pessoas.

Em sua 15a edição, o Green Festival Expo convida os consumidores para conhecer e comprar mais de 250 produtos e serviços sustentáveis. Entre eles, cosméticos, beleza e bem-estar pessoal, casa e jardim, serviços de energias sustentáveis e muitos outros.

O Festival também conta com espaço destinado para a comida vegana, vegetariana e orgânica, incluindo cursos e demonstração de como cozinhar. Atividades educacionais e palestras motivacionais fazem parte da programação. Para os visitantes que chegam ao evento de bicicleta a entrada é gratuita e para os que optarem pelo transporte público, a entrada tem desconto. Para os que gostam e praticam a sustentabilidade, vale a pena programar uma visita ao próximo Green Festival Expo.

Giselle Marques

Entre as curiosidades apresentadas no Green Festival Expo está o Tower Garden –  jardim vertical para quem tem pouco espaço e quer plantar a sua própria comida

Nova geração de fazendas urbanas
Entre as curiosidades apresentadas noGreen Festival Expo está o Tower Garden – jardim vertical para quem tem pouco espaço e quer plantar a sua própria comida.O Tower Garden representa a próxima geração de fazendas urbanas. O jardim conta com um sistema de plantação eficiente, chamado aeroponic e que possibilita o plantio de 20 tipos de plantas, usando pouca energia, apenas um décimo da quantidade de água e terra utilizada nos plantios convencionais e em um espaço de apenas meio metro quadrado. O mais interessante é que o crescimento acontece na metade do tempo de plantação tradicional e reduz custos de transporte e armazenamento. Plante o ano todo, não importa se está frio ou calor, você pode plantar sua própria comida sempre, diz o fabricante na embalagem do Tower Garden.

R$ 3 milhões para o embarque e travessia para a Ilha do Mel
O Governo do Paraná e as prefeituras de Paranaguá e Pontal do Paraná assinaram o convênio para a regulamentação dos terminais de embarque e o transporte de passageiros para a Ilha Mel. Nos próximos três anos, o governo estadual vai investir cerca de R$ 3 milhões em melhorias na infraestrutura dos terminais de embarque. As primeiras obras de reformas e sinalização devem ser iniciadas nas próximas semanas. Estão previstos investimentos nos trapiches de Pontal do Paraná e também de Brasília e Encantadas, na Ilha do Mel.

Regulamentação do serviço de travessia
Outra medida que vai beneficiar visitantes e moradores da Ilha do Mel será a regulamentação das empresas que prestam os serviços de travessia. O Governo do Paraná criará um cadastro para listar as empresas autorizadas e que atendam todos os requisitos legais para a atividade.

Já as prefeituras de Paranaguá e Pontal do Paraná terão a responsabilidade de organizar e fiscalizar o esquema operacional da travessia, estabelecendo horários fixos para a entrada e a saída de embarcações. Também fica a cargo das prefeituras investir na implantação de postos de informações nos terminais e na modernização do sistema de venda de passagem, garantido o controle do número de visitantes e acesso à Ilha do Mel.

Deputados aprovam suspensão do fracking
Os deputados estaduais aprovaram, na última segunda-feira (28), em primeira votação, o projeto de lei 873/2015, que suspende por dez anos à exploração de gás de xisto pelo método do fraturamento hidráulico (o fracking) em território paranaense. Se aprovado em 2º turno, segue para sanção do governador Beto Richa. Com isso, o Paraná pode se tronar o primeiro estado a criar uma suspensão ao método.

A proposta – dos deputados estaduais Rasca Rodrigues (PV), Schiavinato (PP), Fernando Scanavaca (PDT), Marcio Nunes (PSD), Marcio Pacheco (PPL), Guto Silva (PSD) e Cristina Silvestri (PPS) – proíbe que empreendimentos e obras de exploração que utilizem o método não-convencional (fracking) para obtenção do gás de xisto não recebam dos órgãos ambientais as licenças e autorizações para a perfuração em solo paranaense.  Além de proibir o licenciamento ambiental, o projeto prevê que ao final do período de dez anos, empresas exploradoras deverão obedecer requisitos mínimos para iniciar qualquer perfuração. São eles: a apresentação do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e do Relatório de Impacto Ambiental (RIMA); estudo hidrológico das águas subterrâneas; realização de audiências públicas em todos os municípios atingidos; estudo de impacto econômico e social; implantação de poços de monitoramento dos lençóis freáticos; aprovação do Conselho Estadual do Meio Ambiente (CEMA); e a comprovação de que a atividade não oferecerá riscos ao meio ambiente, à saúde pública e humana.

O que é o Fracking
O processo de fraturamento hidráulico é uma tecnologia desenvolvida para extração de gás de xisto em camadas ultraprofundas. Ele consiste na perfuração do solo, por meio de uma tubulação, por onde são injetados de sete a 15 milhões de litros de água e mais de 600 produtos químicos – inclusive substâncias que seriam cancerígenas. Grande quantidade de água é usada para explosão das rochas, e os produtos químicos, para mantê-las abertas para passagem do gás. Além da alta contaminação subterrânea, cerca de 15% da água poluída com os resíduos tóxicos retorna à superfície, sendo armazenada em piscinões a céu aberto. Pesquisas relacionam o uso do fracking às mudanças climáticas, favorecendo secas, enchentes, tufões e terremotos. Além do prejuízo ambiental, o prejuízo econômico também é alto, uma vez que diversos países já não importam alimentos produzidos em solo contaminado pelo método.