BRUNO BRAZ RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) – De volta ao Vasco após quatro anos, Cristóvão Borges encontrará no clube não só uma diretoria diferente. Em São Januário, o treinador terá, de cara, mudanças que têm como pontos mais significativos três pilares: time, salário e estrutura. Em 2011 e 2012, o técnico tinha em mãos um material humano muito mais qualificado que o atual. Naquela época, ele contou com jogadores como Fernando Prass, Fagner, Dedé, Anderson Martins, Alan, Rômulo, Felipe, Juninho Pernambucano, Diego Souza, Alecsandro, entre outros. Grupo que, entre outros feitos, conquistou a Copa do Brasil e o vice-brasileiro. Se a qualidade técnica é inferior, Cristóvão, no entanto, terá mais tranquilidade para trabalhar. Diferentemente daquela época, onde sofreu com atrasos de salários que chegaram aos três meses e culminaram na saída de atletas por meio da Justiça do Trabalho, ele agora pega um time com os vencimentos rigorosamente em dia durante toda a temporada. Em São Januário, o treinador também terá a disposição de sua comissão técnica o Caprres (Centro Avançado de Prevenção, Recuperação e Rendimento Esportivo), centro de saúde inaugurado este ano e que conta com uma aparelhagem moderna para o cuidado físico dos jogadores. Presidente atual, Eurico Miranda fez questão de frisar estas diferenças em relação ao tempo do ex-mandatário e desafeto Roberto Dinamite. “Quero dizer que uma das coisas que me dá essa confiança toda no Cristóvão é que ele trabalhou aqui em outras condições que ele vai trabalhar agora. Eu não tenho dúvida nenhuma disso. Ele alcançou resultados e as condições que ele tinha de trabalho não são as mesmas que lhe foram oferecidas agora. A estrutura do Vasco, hoje, é muito melhor. Ele já teve a oportunidade de ver e isso vai permitir que o trabalho dele seja melhor desenvolvido do que foi”, declarou. Cristóvão Borges iniciará os trabalhos no Vasco dia 2 de janeiro, quando a equipe se reapresenta para a pré-temporada.