AVENER PRADO, JULIANA GRAGNANI E LUIZ COSENZO, ENVIADOS ESPECIAIS CHAPECÓ, SC (FOLHAPRESS) – O prefeito de Chapecó, Luciano Buligon, afirmou nesta segunda-feira (5) que pretende aumentar a capacidade da Arena Condá e criar no local um memorial em homenagem às vítimas do acidente aéreo da última terça-feira (29), quando 71 pessoas morreram, incluindo 19 jogadores, 24 membros da delegação e 20 jornalistas.

O acidente aconteceu na região de Medellín, na véspera do jogo entre a Chapecoense e Atlético Nacional, pela partida de ida da final da Copa Sul-Americana. A decisão foi suspensa pela Conmebol, que deve confirmar o título para o clube catarinense ainda nesta segunda. “Queremos criar um museu, um memorial em homenagem as vítimas. Já pedi para a prefeitura separar fotos, vídeos e objetos para criar esse memorial”, disse Buligon em entrevista na prefeitura de Chapecó.

Ele também afirmou que pretende aumentar a capacidade da Arena Condá para 40 mil pessoas. Atualmente, o estádio tem cerca de 20 mil lugares. “Queremos aumentar para 40 mil para abrigar uma final de Libertadores”.

Com a capacidade atual, o clube teria que disputar o jogo longe de Chapecó, de acordo com o regulamento da Conmebol. Luciano Buligon não viajou com a delegação da Chapecoense para Medellín. A princípio o prefeito viajaria junto com a equipe na segunda-feira (28), mas ficou em São Paulo para participar de reuniões. Ele viajou para Medellín na terça-feira (29) no período da tarde e acompanhou o reconhecimento dos corpos e os procedimentos necessários. Retornou à Chapecó no sábado (3), quando foi realizado o velório na Arena Condá. “Temos que manter a imagem da Chapecoense. Eles deixaram valores e princípios para todos. Vamos tirar dessa tragédia um sentimento de união. A Chapecoense virou lenda, virou mito. Esse é um momento de tristeza, mas vamos sair melhores do que chegamos”, concluiu.