GIBA BERGAMIN JR. SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O prefeito eleito de São Paulo, João Doria (PSDB), declarou, nesta segunda-feira (5), que a Virada Cultural será toda transferida para o Autódromo de Interlagos, na zona sul. Transporte e a programação de 24 horas serão mantidos, segundo ele. Atualmente, a maior parte dos shows e outras atividades da virada ocorria na região central, com alguns eventos em regiões em outros bairros. Ocupar essas áreas era um dos objetivos da proposta original, iniciada na gestão do também tucano José Serra (2004-2006). Questionado se a mudança não descaracteriza objetivos do evento, como trazer os paulistanos para pontos turísticos e promover a convivência entre moradores de todos os bairros, Doria disse não acreditar que isso signifique perda para a cidade. “O convívio as pessoas podem ter naturalmente, todos os dias. Não é preciso esperar a Virada Cultural para conviver com o centro da cidade e com os equipamentos culturais que o centro disponibiliza”, disse Problemas de segurança e limpeza nas últimas edições da virada pesaram para a mudança, segundo o prefeito eleito. Para Doria, o Autódromo de Interlagos tem mais “segurança, acessibilidade e funcionalidade”. Na edição deste ano, realizada entre 20 e 22 de maio, a 12ª edição da Virada Cultural teve 19 ocorrências, segundo a Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo. Foram quatro roubos e três furtos, com seis detenções -quatro adultos e dois adolescentes. De acordo com o prefeito eleito, a Virada Cultural continuará gratuita, mesmo após a mudança e a privatização do Autódromo de Interlagos -uma de suas principais promessas de campanha. Doria ainda anunciou “pequenas viradas” nos bairros, mas fora da data do evento principal e com 12 horas de duração. A afirmação, feita em encontro com empresários na Federação do Comércio nesta segunda, também era promessa de campanha.