SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Polícia Civil prendeu um homem suspeito de liderar o roubo à casa do empresário Adhemar César Ribeiro, 75, cunhado do governador Geraldo Alckmin (PSDB), em novembro passado.
Wellington Aparecido Pascoal, 59, foi preso nesta quarta-feira (7) em Paraisópolis, na zona sul de São Paulo, e encaminhado para o Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais).
De acordo com a polícia, Pascoal seria o líder de uma quadrilha especializada em invasões de casas de luxo, principalmente na região do Morumbi. Ele era procurado havia 15 dias, quando outros dois integrantes do bando foram detidos.
As atividades da quadrilha começaram a ser apuradas depois do roubo a casa do cunhado de Alckmin, no qual os bandidos usaram carros de luxo. Segundo o delegado Ronaldo Sayeg, titular da 4ª Patrimônio (Delegacia de Investigações sobre Roubo a Condomínio), um desses carros -um Mercedes-Benz GLK- foi o ponto de partida para identificar a autoria desses crimes.
Após o roubo no Morumbi, os criminosos deixaram o carro em uma via pública do Butantã, na zona oeste. Segundo a polícia, os criminosos abandonavam o carro para deixar “esfriar” e, depois, retornavam para buscá-lo. Foi em um desses retornos, que a polícia conseguiu prender dois criminosos que chegavam ao local para retirar o carro.
A dupla chegou em um Hyundai Tucson e, ao perceber a presença de policiais, os criminosos fugiram deixando os dois carros para trás. Dentro, a polícia encontrou os objetos roubados na região do Morumbi e um celular, que seria de um dos criminosos.
No aparelho, a polícia encontrou informações, ligações e até um tipo de vitrine dos produtos roubados. De acordo com a polícia, eles fotografavam os objetos que eram oferecidos aos receptadores por aplicativos de troca de mensagens, além de pesquisas sobre placas de veículos para serem clonadas.
Com isso, a polícia conseguiu localizar os dois criminosos, moradores dos bairros de Rio Pequeno e Jardim Guaraú, ambos na zona oeste da cidade, onde foram recuperados objetos de três vítimas, duas moradoras do Morumbi e um diplomata de Angola, que reside na região do Itaim Bibi.