Grécia — Uma greve de 24 horas em escala nacional foi decidida por sindicatos da Grécia ontem, para protestar contra medidas de austeridade que prejudicaram serviços públicos em todo o país. Milhares de pessoas participaram de protestos em Atenas, que também afetaram o transporte público e escolas, interrompeu o serviço de barcos e de trem, além de deixar os hospitais funcionando apenas com equipes de emergência. Mais de 7 mil pessoas participaram de três manifestações diferentes na capital. As manifestações acontecem a despeito de credores internacionais terem concordado, nesta semana, com uma série de medidas de curto prazo para melhorar o cronograma de pagamento da dívida. O partido de esquerda que governa o país ainda negocia reformas para cortar gastos, e espera-se a retirada de medidas de proteção para empregos no setor privado e famílias em dificuldade. As reformas são parte das exigências que o país precisa cumprir para receber novos empréstimos. O país é dependente de financiamento externo de emergência desde 2010, quando ficou inelegível para se financiar no mercado internacional após a crise financeira de 2008. Desde então, a crise destruiu um quarto da economia local e mantém a taxa de desemprego em 23%.

Recontagem
Estados Unidos — A recontagem de votos no Estado de Michigan foi interrompida ontem, após uma série de decisões judiciais que essencialmente encerraram a campanha para reexaminar os resultados em três Estados norte-americanos em que o republicano Donald Trump venceu por margem apertada. O movimento foi iniciado pela candidata do Partido Verde, Jill Stein, que pediu a recontagem em resposta a preocupações sobre um possível intervenção cibernética feita por governos estrangeiros, particularmente a Rússia. Stein não tinha nenhum indício de irregularidades na contagem dos votos.

Guerra
Líbano — O preside da Síria, Bashar Assad, afirmou ontem, que uma eventual vitória do exército os rebeldes que controlam Aleppo será um grande ganho para seu governo, mas que não deve encerrar a guerra civil que assola o país. Seus comentários foram feitos enquanto tropas pressionavam o cerco contra o enclave rebelde no leste da maior cidade do país, em grandes avanços que eram praticamente impensáveis no início do conflito, que está no seu sexto ano. Mais de três quartos do setor rebelde estão agora sobre controle do governo, incluindo o simbólico quartel general da cidade antiga.

Terremoto
Indonésia — Organizações humanitárias chegaram ontem à província de Aceh, na Indonésia, para nos esforços de ajuda às vítimas do terremoto que se abateu sobre a região ontem, e deixou ao menos 102 mortos e mais de 600 feridos. Voluntários e quase 1,5 mil funcionários do governo concentraram as buscas na cidade de Meureuduu, o local mais afetado pelo tremor de 6,5 graus. De acordo com o porta-voz da agência de Mitigação de Desastres Ambientais, Sutopo Purwo Nugroho, a contagem de mortos pode aumentar. Equipes de buscas estão utilizando aparelhos para detectar sinais de telefone celular.

Corrupção
França — O ex-ministro do Orçamento da França, Jerome Cahuzac, foi sentenciado a três anos de prisão em um dos maiores escândalos do governo de François Hollande. Uma corte de Paris o responsabilizou por fraude fiscal e lavagem de dinheiro ao esconder sua fortuna em paraísos fiscais. A corte afirmou que Cahuzac cometeu irregularidades de seriedade extraordinária e séria. Cahuzac, que também foi impedido de concorrer a qualquer cargo por cinco anos, pode apelar em liberdade. Ele e sua ex-mulher, Patricia Menard, reconheceram manter quantias ilegais em contas no exterior por duas décadas.