SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O prefeito eleito de Embu das Artes (Grande SP), Ney Santos (PRB), teve prisão preventiva decretada pela Justiça sob suspeita de lavar dinheiro para a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital). Até o início da noite desta sexta-feira (9), o político não havia sido localizado pela polícia. Santos e outros 13 suspeitos que também tiveram a prisão decretada são alvo da operação Xibalba, do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), do Ministério Público paulista. Desses, sete foram presos nesta sexta, quando a operação foi deflagrada.

A organização criminosa, segundo o Ministério Público, lavava dinheiro proveniente do tráfico de drogas por meio da operação de postos de combustíveis. O grupo, ainda conforme a investigação, agia principalmente em Embu das Artes, Osasco, Taboão da Serra, Carapicuíba e Cajamar, cidades da região metropolitana, e na capital paulista. Para cumprir 14 mandados de prisão preventiva e outros 49 de busca e apreensão, o Gaeco mobilizou 32 promotores e 200 policiais da Corregedoria da Polícia Militar. O nome da operação refere-se ao submundo da mitologia maia.

HISTÓRICO

O prefeito eleito de Embu das Artes é vereador do município e já foi alvo de outros processos e investigações. Em 2010, quando Santos era candidato a deputado federal pelo PSC, ele já era suspeito de ter ligações com a facção criminosa PCC. À época, a polícia descobriu que ele prestava assistência jurídica a presos. Na ocasião, a polícia encontrou santinhos do então candidato com traficantes de drogas de Embu. Ele não se elegeu deputado. Neste ano, Santos venceu a eleição municipal em Embu das Artes com 79,45% dos votos, contra 9,45% do segundo colocado, Dr. Pedro Valdir (PSD). A reportagem não conseguiu localizar o advogado do prefeito eleito.