Com a chegada da estação mais quente do ano, precisamos redobrar a atenção com a exposição solar. Queimaduras, manchas, fotoenvelhecimento e câncer de pele são graves consequências que podem ser evitadas. A dermatologista Fabia Oppido Schalch, da rede de centro médicos Dr.Consulta, que tem dermatologistas e oferece exames nesta especialidade, explica as diferentes formas de proteção e como aplicá-las.
O uso regular de filtro solar é a maneira mais eficaz de minimizar os efeitos prejudiciais do sol. Ele deve ser aplicado trinta minutos antes da exposição ao sol para que as devidas reações ocorram na pele. O fator de proteção (FPS) mínimo recomendado é de 30 e o ideal é que seja reaplicado depois de duas ou, no máximo, três horas.
O filtro solar escolhido tem que ser adequado para cada tipo de pele, evitando oleosidade excessiva, aparecimento de acne e alergias. Para as peles oleosas, os mais recomendados são os géis, loções oil-free ou com toque seco.
Outra dica importante é com relação ao espalhamento do protetor solar. O produto deve ser espalhado de modo uniforme , mas sem que ele desapareça por completo na pele, para não tirar o produto. A fina camada é logo absorvida pela pele.
Crianças e adultos de peles sensíveis ou alérgicos podem se proteger através de roupas e chapéus feitos com materiais que oferecem proteção UV, pois não precisam efetuar reações químicas na pele.
Outra excelente medida que auxilia na proteção da pele é o uso de produtos à base de antioxidantes (vitamina C, ácido ferúlico, resveratrol, licopeno, betacaroteno, coenzima Q10), que tornam nossa pele mais resistente aos danos do sol e ajudam a reverter os danos já causados. Esses antioxidantes podem ser encontrados em cosméticos, suplementos alimentares e na ingestão de alimentos como cenoura, abóbora, manga, damasco, uva, espinafre, couve, brócolis e tomate.

Sete dicas para curtir os dias quentes

Exposição solar
Os bebês até os seis meses de idade não devem ser expostos diretamente ao sol e nesta faixa etária não está liberado o uso de protetor solar. Já as crianças maiores devem evitar a exposição solar das 10 às 16 horas, além de usar protetor solar, roupas leves e chapéus.

Insolação
O problema acontece quando há um aumento da temperatura do corpo, decorrente da exposição solar exagerada, podendo levar a sintomas como diarreia, vômitos, vermelhidão na pele e febre. Nesse caso, é aconselhável deixar a criança em local fresco, fazer compressas molhadas no corpo e oferecer uma alimentação de fácil digestão, além de sucos e água.

Desidratação
No calor, as crianças tendem a perder mais líquidos do que adultos. Por isso, é importante mantê-las sempre hidratadas. Mas em caso de desidratação, os pais devem oferecer muito líquido, como suco, chá e água. Além disso, também podem fazer soro caseiro: 200 ml de água potável, a ponta da colher de chá de sal e duas colheres rasas de açúcar.

Intoxicação alimentar
Quando há a ingestão de alimentos ou água contaminada pode ocorrer a chamada intoxicação alimentar. Nesse caso, recomenda-se que o paciente ingira muito líquido, tenha uma alimentação leve e faça repouso.

Queimadura por água viva
Caso ocorra esse acidente na praia, lave o local com água do mar durante meia hora e depois lave com vinagre. O maior erro é lavar a região com água doce ou soluções a base de álcool, pois isso faz com que seja liberado mais veneno na região. Gelo também pode ser colocado na área para diminuir a dor, mas caso ocorra alguma alergia é necessário consultar um médico.

Queimaduras
Lave o local que foi queimado com água corrente fria até que a região seja resfriada e depois apliquei uma gaze molhada com água fria ou com chá de camomila. Procure não passar nenhuma receita caseira ou pomada, pois pode irritar o local da queimadura. Também não se deve estourar possíveis bolhas, que podem surgir depois do acidente.

Ralados
Para cortes pequenos e superficiais pode-se fazer a higienização do local apenas com sabão neutro e água. Já em casos de cortes mais profundos é importante que a criança passe por uma avaliação médica para avaliar a necessidade de sutura. Nesses casos é ainda mais importante que a carteira de vacinação dos pequenos esteja em dia devido ao risco de tétano.

Crianças exigem atenção maior

Com o verão e os dias mais quentes se aproximando, assim como as férias de fim de ano, muda-se a rotina da família e, consequentemente, os cuidados com os bebês e crianças devem ser redobrados. Segundo a pediatra de São Paulo, Maria Julia Carvalho, as crianças ficam mais expostas ao sol, à piscina e ao ar livre e, por serem mais sensíveis do que adultos, os pais devem ficar em alerta com os pequenos.
Entre os incômodos mais comuns dessa época do ano estão aqueles relacionados com a perda de líquidos pelo corpo, como desidratação, as picadas de insetos ou os problemas decorrentes das altas temperaturas, como queimadura solar e insolação.
É importante manter a hidratação do corpo com maior ingestão de líquidos e através de cremes hidratantes, principalmente após piscinas e praias.
Para evitar oleosidade, realize diariamente higiene facial e esfoliação uma vez por semana, além do uso de cosméticos que diminuem a produção do sebo facial, sempre indicados por um dermatologista.