Dizer que a Índia é um país de contrastes, é chavão. E é pouco. A Índia é única, diversa, uma grande experiência e um inesquecível destino de viagens.Um enorme potencial ainda inexplorado, combina o luxo e o lixo, tem 11 ITAs locais,– os Institutos Indianos de Tecnologia– e um mercado quase virgem de 1,2 bilhão de habitantes.

Setenta e dois por cento da população ainda é rural, 63% é analfabeta e 25% vive abaixo da linha da pobreza. A miséria está em todas as esquinas, ao lado de grandes palácios e hotéis de marajás. Casamentos são motivo para grandes festas, que custam em média 29 mil dólares ( 2 milhões de rúpias), mas podem chegar até 75 mil dólares, consumindo economias de uma vida inteira, enquanto ao lado do evento os párias continuam morrendo de fome. O aeroporto em Nova Delhi, construído em três anos, é o sexto maior do mundo. Experts em comunicação eletrônica, apenas 11% das pessoas têm acesso à internet. Dominando segredos da energia atômica e com um crescimento de 7% ao ano na economia, convive com ruas sem asfalto ou calçadas, ausência de iluminação pública e saneamento básico, além do trânsito absolutamente caótico, compartilhado com vacas, macacos, cobras, e outros animais, motos, riquixás e caminhonetes caindo aos pedaços.

Fotos: Dayse Regina Ferreira

No complexo Qutab Minar, onde fica a primeira mesquita da Índia, de 1193, destaque para a coluna de ferro, ao ar livre, que em oitocentos anos nunca oxidou. Mais um dos mistérios da Índia

Em uma de suas primeiras viagens internacionais, o presidente Temer levou na comitiva a sua Marcela, para o roteiro que incluiu Índia e Japão. Você também pode fazer uma viagem de misticismo e muita história, visitando as terras que têm mais de cinco mil anos de cultura. No caso, troque Japão pelo Nepal.

Nova Delhi, Jaipur, Agra, Varanasi, Jaisalmer, Jodhpur representam uma coleção de mistérios, costumes que parecerão aos seus olhos bizarros, deuses seculares aos milhões e uma arquitetura para ninguém botar defeito.

A Índia viu passar durante milênios muitos conquistadores. Marcou indelevelmente a maioria deles para sempre, mas manteve sua personalidade intocada. Quem vai até a Índia será enfeitiçado pela paisagem, pelas cores, cheiros e aromas, pelo povo. Não dá para ficar indiferente. São milênios de tradições, de regiões diferentes, de sons nunca antes ouvidos. Uma experiência e tanto.


Jóias no artesanato em mármore e pedras preciosas, provam a arte dos indianos em todos os campos, da eletrônica à arquitetura, da gastronomia aos palácios

PRIMEIRAS PROVIDÊNCIAS
É preciso estar de olhos e alma bem abertos, porque tudo é muito diferente daquilo que você está acostumado. Todos sabem que a vaca é animal sagrado, mas fique atento, porque os macacos também têm seu lugar privilegiado ao sol. Quando Vishnu encarnava como Krishna, eram as vacas que o ajudavam. Mas quando vinha ao mundo como Rama, o papel ficava com os macacos. Que proliferam em cidades como Jaipur, perambulando pelos telhados, invadindo varandas, janelas, cozinhas e salões, carregando tudo o que pode ser comido.

Enquanto prepara sua viagem, saiba que Buda nasceu príncipe, com o nome de Sidharta Gautama, na região onde hoje fica o Nepal. A iluminação divina só chegou quando já tinha 35 anos e estava em Bodh Gaya, no norte da Índia. Seu primeiro sermão foi em Sarnath, distante 10 quilômetros de Varanasi. No lugar foram levantados monumentos , como o Dhamekh Stupa, construído há mais de duzentos anos da Era Cristã. Os budistas costumam rezar andando no sentido horário.


Raj Ghat, onde foi cremado o corpo de Mahatma Gandhi, ponto de peregrinação de todos

Buda morreu aos 80 anos em Kushinagar e muitos acreditam que ele seria uma das encarnações de Vishnu. O que é aceito pelos quase sete milhões de budistas da Índia nos dias de hoje.Um dos deuses mais venerados pelos hindus é Ganesh, filho de Shiva. Tem corpo humano, mas a cabeça é de elefante. Sua imagem está espalhada em toda parte, mais do que qualquer outra divindade da imensa galeria de deuses. Ganesh é o deus da prosperidade e atrai boa sorte.

Quatro religiões foram fundadas no país: hinduísmo, budismo, jainismo e siquismo. Shiva, Deus da Trimurti, a trindade do hinduísmo, é o deus da destruição e da transformação. Muitas vezes é adorado na forma do lingam, conhecido como símbolo da energia criativa masculina do falo. Também é creditada a ele a invenção do ioga. Outro deus da trindade hindu, Vishnu é divindade da preservação, o mantenedor. É identificado com a onisciência e a capacidade de enfrentar tudo sem fadiga, entre muitas outras atribuições. Brahma, primeiro deus da Trimurti, é a divindade da criação. É frequentemente citado como o grande progenitor do ser humano.


Mesmo uma banquinha de mercado de rua mostra bom gosto na disposição dos produtos

MELHOR ESTAÇÃO
Uma das primeiras providências na organização da viagem é a escolha da época do ano. É verdade que o clima anda fora do esquadro e já não existem mais as estações bem definidas em nenhum lugar do mundo. Mas dá para se orientar, seguindo tradições.

A pior época para viajar na Índia são os meses de julho, agosto e setembro, quando o calor é muito e chove todos os dias. A melhor temporada começa em outubro, com temperaturas mais amenas. A alta temporada é dezembro, quando sobem as tarifas dos hotéis e restaurantes turísticos. Também é alta temporada o mês de janeiro. Fevereiro tem a festa de Holi, que marca o final do inverno. A primavera inicia em março, seguindo para abril com temperatura agradável. As chuvas começam em maio, continuam em junho, até alcançarem o ponto máximo a partir de julho.


Junto de atrações turísticas, a rudimentar prisão para eventuais malfeitores

É bom saber também algumas datas importantes, de grande movimentação humana: 26 de janeiro, Dia da República; fevereiro, Festa de Holi; março, Festa do Gangaur no Rajastão; maio, festa para o nascimento de Buda; agosto, dia 15, Aniversário da Independência; setembro, festa do nascimento de Krisna.

Detalhe: não é aconselhável dirigir pelas estradas da Índia, que são perigosas. Dê preferência para os trens e saiba que a Índia tem uma das maiores redes ferroviárias do mundo, herança do domínio inglês. Verdade que – com raras exceções – ,os trens não primam pela velocidade ou conforto.Outro detalhe: os famosos encantadores de serpente, na verdade não encantam nenhuma cobra. Elas saem do cesto porque ficam irritadas com o som da flauta (been) feita de cabaça seca. A arte dos encantadores consiste em descobrir o ninho das najas, aprisiona-las nos cestos e retirar o poderoso veneno. O segredo e a arte são milenares.


Os “encantadores” de cobras guardam segredos milenares na arte de atrair turistas

TEMPEROS DAS DESCOBERTAS
Além dos grandes monumentos e das antigas civilizações, da multiplicidade de culturas, do forte colorido de suas 17 mil plantas com flores do país, colorido repetido nos saris femininos, na arquitetura única e nas luxuosas instalações de hotéis especiais, a Índia, como uma das terras mais antigas do planeta, tem também uma das grandes culinárias do mundo.

Foram as especiarias que fizeram os portugueses participarem da aventura da descoberta de novos caminhos para a Índia. Um país onde os temperos e seus aromas dominam todos os ambientes. O curry leva 13 ou mais ingredientes. Em Nova Delhi estão os melhores restaurantes de cozinha indiana. Um dos pratos famosos é o Murgh Makhani , que é frango cozido na manteiga. Mas há tantas especialidades, quase, quantos deuses. Sempre de temperos fortes. As especiarias, frutas e verduras são arrumadas como obras de arte nos mercados de rua e não se espante se encontrar, em cima de uma bandeja de frutas secas e limões, o desenho de uma cruz suástica. Ela é um símbolo do sânscrito e é usada para dar sorte. Ficou conhecida no mundo ocidental porque os nazistas usurparam o que era sagrado. Muitos dos melhores endereços da gastronomia local ficam nos hotéis de luxo. Por falar em luxo, na hora das compras em Nova Delhi é boa opção o Cottage Industries Exposition, prédio de três andares onde se encontram os melhores artigos de Cashmere. O primeiro andar vende tapetes, o segundo roupas e o terceiro, artigos de decoração, onde dá para comprar até um sofá de prata por algo em torno de 22 mil euros.


Famílias inteiras serpenteiam entre veículos, nas motos rápidas

A Nova Delhi tem arquitetura britânica e a Velha Délhi foi construída pelos muçulmanos. É capital e já passou, há muito, dos 11 milhões de habitantes. Na Velha Délhi é importante conhecer a Mesquita Jama, terminada em 1650 por encomenda do imperador mongol Shah Jahan, o mesmo que mandou construir o Taj Mahal. Importante também ir até o Raj Ghat, onde foi cremado o corpo de Mahatma Gandhi. No complexo Qutab Minar está a primeira mesquita da Índia, de 1193. Um destaque é a coluna de ferro com mais de oitocentos anos, que jamais oxidou e é apenas mais um dos grandes mistérios da Índia. Tire fotos da sede do governo, instalada em prédios de 1931. Compre marionetes de madeira – Katputali – que existem em toda Índia, mas são destaque em Nova Délhi e no Rapastão. São uma tradição do teatro popular, narrando a saga dos marajás e suas mulheres. E então siga para o Rajastão.


No trânsito caótico, a buzina ensurdecedora é tradição

Jaipur fica no Rajastão e os elefantes são um símbolo da região. Eram adorados pelos marajás e hoje servem como atração para os turistas. Principalmente para subir as íngremes encostas que levam ao Forte Amber. Programa que custa pouco e vale muito.A região é a que foi menos afetada pelas influências ocidentais. No centro da cidade as construções são pintadas de rosa, uma tradição iniciada em 1876, como homenagem ao príncipe inglês Eduardo. Camelos puxam carroças, as mulheres usam . saris bem coloridos e cheios de brilho, os homens mantém longas barbas e as vacas perambulam por toda parte, complicando ainda mais o trânsito, sempre caótico. São imagens que lembram o passado, trezentos anos de tempo estancado. O comércio é setorizado, com quadras só para venda de flores, outras só para ouro, outras para temperos.

O Hawa Mahal – Palácio dos Ventos – fica no centro de Jaipur e é uma das grandes atrações da Cidade Rosa. Foi construído em 1799 e tem 953 nichos e janelas cheios de trabalhos e detalhes. Os dois últimos andares são apenas fachadas e era o lugar onde as mulheres dos marajás podiam assistir a espetáculos e desfiles, sem serem observadas.


O luxo dos hotéis palácios

Estando em Jaipur, aproveite – nem que seja por apenas uma noite – para se hospedar em um palácio de verdade, como o Rambagh, construído em 1888 e que até 1950 foi moradia dos marajás.Você se sentirá um membro da aristocracia hindu.

Em Khajuraho a fé ergueu templos eróticos há mais de mil anos. São edifícios repletos de esculturas eróticas, provocantes, que atraem aos ocidentais. Que se perguntam por que foram esculpidas praticando sexo explícito. A resposta está na dinastia dos Chandela, que era adepta do tantra, doutrina que acredita no erotismo como expressão máxima do univerno.


Todo conforto para quem se hospeda nos cinco estrelas, com tarifas atraentes

Chegar até lá não é fácil: não há trens diretos para Khajuraho e o caminho é o trem até Jhansi, o que representa metade do caminho. Depois será preciso encarar 200 quilômetros de estrada. Esqueça o aluguel de carro, porque dirigir na Índia não é para qualquer um e ainda há o problema da direção na mão-inglesa. O melhor é contratar em uma agência um carro com motorista, que estará esperando na estação de Jhansi, ou então alugar um táxi, marcando com antecedência. Dá para conhecer um conjunto de templos do século XVII no caminho, na cidade de Orchha.

Claro que os templos mais interessantes estão em Khajuraho e datam de mais de mil anos. Eram 85, sobraram 22 e são decorados com esculturas retratando cenas do cotidiano e cenas eróticas explicitas. Tudo deve ser visto com calma, durante um dia e meio.


Mercadinhos de rua, barracas de frutas e sucos, são tradição, mas é bom estar atento ao que come ou bebe

Depois é pegar um avião para Varanasi, viagem de apenas 40 minutos, para a descoberta da cidade mais mística da Índia, com mais de cinco mil anos de tradições religiosas e rituais. É o maior centro do hinduísmo e tem grande importância também para os budistas. O início da visita deve ser em Sarnath, onde Buda fez seu primeiro sermão, seis séculos antes de Cristo, no lugar marcado hoje pelo Dhamekh Stupa. Por perto ficam o templo de Mulgandha Kuti Vilhar e o Museu Arqueológico, lotado de relíquias budistas. No dia seguinte, ao amanhecer, todos os caminhos levam aos ghats de Varanasi, com seus sete quilômetros de escadarias em frente ao Rio Ganges.

O Ganges recebe aos hindus, que costumam banhar-se e rezar em suas águas sagradas, na hora da chegada do sol. Em alguns gaths é feita a cremação dos mortos. Os turistas geralmente contratam um barqueiro para chegar até próximo da margem e apreciar o Templo Dourado ( Vishwanash) e o Templo Durga, conhecido por Templo dos Macacos.

Na beira do Ganges ficam os sadhus, homens que abandonam a vida material para dedicarem seu tempo à meditação e à fé. É fácil reconhece-los: andam quase nus, têm o corpo coberto por pó, sentam-se em posição de lótus e deixam cabelos e barbas crescerem, sem nunca cortá-los. Deixam família, emprego e posição social para dedicar sua vida à meditação. Percorrem longas distâncias a pé, perambulando pelo país e quase sempre terminam na beira do Ganges. É em Varanasi que os hindus — e os turistas – purificam a alma, depois de conhecerem Khajuraho. Lembre que Varanasi também é chamada de Benares. E que as melhores compras são as sedas e tudo o que for feito com seda.

Agra é o símbolo do amor e do romantismo. Cidade de mármore cujo maior símbolo é o Taj Mahal, terminado em 1653, com seus 16 jardins e 53 fontes. Mármore e pedra fizeram a tradição e hoje a cidade tem no Turismo e no artesanato as principais fontes de renda. Tudo que é casa, mesmo com apenas uma porta, acaba sendo uma lojinha de souvenirs feitos com mármore e os ambulantes fazem fila, próximos ao Taj Mahal, tentando atrair a atenção dos turistas. Hotéis luxuosos convivem com estabelecimentos de tarifas mais acessíveis. Mas nada se compara com as instalações do Oberoi, com suítes dando vista para o Taj Mahal e um requinte que poucos hotéis internacionais oferecem . No Forte de Agra os filhos do imperador Shah Jahan aprisionaram o pai, em 1658, quando ele anunciou que construiria um segundo mausoléu para si, depois de ter gasto fortunas com o túmulo monumental de sua mulher, Mum Mahal.

De Agra dá para seguir até Fatehpur Sikri, distante 34 quilômetros. A cidade foi capital da Índia no tempo dos mongóis, até a chegada dos britânicos. A antiga sede do governo está bem conservada e em um dos amplos pátios internos dá para ver a demarcação para que as 98 concubinas dos imperadores se exibissem, para que o todo-poderoso passasse em revista seu harém e escolhesse a companheira de uma noite.

Bombaim tem ótimos hotéis e restaurantes que servem lagostas e pratos internacionais. É a cidade onde ficam astros do cinema indiano e o Taj Mahal, construído em 1903 com 600 quartos, ainda é famoso. Seus restaurantes também atraem turistas, como o suntuoso Tanjore. Fica ao lado do arco conhecido como Portão da Índia, construído em 1911. A tradição culinária da cidade é para pratos de peixes e frutos do mar. Também é bom saber que nos restaurantes populares, os clientes comem com as mãos (e para isso só usam a mão esquerda) e que existe um fast food da McDonalds, onde o Big Mac é conhecido por Maharaj Mac e é feito com carne de carneiro.

A Índia tornou-se independente do Reino Unido em 1947 e cidades como Bombaim mantém relíquias como os ônibus de dois andares e a arquitetura da estação de trens Victoria. Os hindus tomaram o cuidado de mudar o nome da cidade para se livrar da influência inglesa. Desde 1996 passou a ser Mumbai. A cidade litorânea é a maior produtora de cinema do mundo. Os ingleses deixaram imponentes construções, como a estação Victoria e a Fonte Flora. Compras devem ser feitas na Rua MG, do Crawford Market ou na beira-mar a Marine Drive. A elegância do Sari é sempre uma boa compra. As mulheres de religião hindu vestem o sari, um traje formado apenas por um tecido estreito, com cinco metros de comprimento e 40 centímetros de largura. Sem costuras, é uma arte especial saber enrolar tanto pano sem nenhum botão, zíper ou colchete.


NÃO PERCA

  • O Taj Mahal em Agra, maior atração do país.

  • Fatehpur Sikri, perto de Agra, onde viveu o último imperador mongol, até 1612

  • O grandioso Forte Amber, em Jaipur

  • O centro de Jaipur, Cidade Rosa do Rajastão, onde a Índia é ainda mais autêntica

  • O observatório Jantar Mantar, de 1727, em Jaipur. Tem o maior relógio de sol do planeta

  • Os templos de Khajuraho, Hoje são apenas 22, mas já foram 85.

  • O Rio Ganges ao amanhecer em Varanasi, cidade da fé hindu.

  • As lojas e mercados de seda, também em Varanasi

  • Se não se hospedar, pelo menos vá a um dos restaurantes internos do Hotel Taj Mahal, em Mumbai. É um luxo desde 1903

  • Visite a Mesquita Jama, em Nova Délhi, terminada em 1650


EVITE

*Beber água que não seja de garrafa industrializada e não confie nas vendidas pelos ambulantes nas ruas. Leve a sua do hotel. Recuse gelo nos bares
*Não dê atenção para jovens que se aproximam, dizendo-se estudantes que querem conversar em inglês. É um antigo golpe que costuma terminar em roubo
*Tenha sempre papel higiênico na bolsa. As toaletes dos restaurantes populares não têm o hábito ocidental
*Não converse com vendedores que abordam no seu caminho, oferecendo algo que não seja de seu interesse. Ignore. Não será má educação e diminui o risco de aborrecimentos
*Nos aeroportos indianos, confirme seu voo pelo menos duas vezes, se estiver viajando sem apoio de uma operadora.
* Use repelente de insetos, vista roupas leves com mangas compridas, principalmente em áreas rurais
* Protetor solar, chapéus e óculos de sol devem estar sempre à mão
* O acúmulo de lixo nas ruas pode ser chocante. Tenha sapatos com sola antiderrapante e preste atenção aonde pisa