O nome, por si só, já é poesia. Nascido em Salvador, Osmarosman Aedo é o que se define como um artista multicultural: além de músico e compositor, é também escritor, poeta, coreógrafo, dançarino e produtor. Há um ano e oito meses faz de Curitiba a sua casa. De soteropolitano, virou soterocuritibano. Autor de canções gravadas por artistas famosos, neste ano, comemora a bodas de ouro – são 63 anos de vida, 50 deles dedicados aos esforços de fazer da arte a extensão de sua existência.

Nessa longa caminhada acumulou sucessos. Teve músicas gravadas por artistas de renome, como a rainha dos baixinhos Xuxa, com Dinda Dindinha, do 4º Xou da Xuxa, e Leci Brandão, uma das mais importantes intérpretes de samba, com as canções Somos Mortais e Yáfrica, dos LPs Atitude e Raízes do Samba, respectivamente.

As dificuldades, porém, também foram diversas, como aliás costuma ser na trajetória da grande maioria dos artistas. No começo, por exemplo, sem dinheiro para comprar um violão ou pagar um mestre que o ensinasse, teve de pegar o instrumento emprestado de um colega e se virar nos 30 para aprender a lidar sozinho com os acordes. Depois, enfrentou perrengues no Rio de Janeiro (amigos chegaram a dizer que ele morreria de fome) e, agora, tenta sobreviver na selva curitibana.