SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O Ministério Público da Coreia do Sul anunciou nesta segunda-feira (16) um pedido de prisão de Lee Jae-Yong, herdeiro do grupo Samsung, em meio às investigações do escândalo de corrupção que provocou a destituição da presidente do país, Park Geun-Hye.
Lee, vice-presidente da Samsung Electronics, filho do presidente do grupo Samsung, Lee Kun-Hee, e neto de seu fundador, é suspeito de suborno e perjúrio. Ele foi interrogado na última quinta-feira (12) pela equipe de investigadores independentes encarregada do caso.
Este caso de corrupção, que provocou uma importante crise política na Coreia do Sul, gira em torno da influência exercida por Choi Soon-Sil, de 40 anos e amiga da presidente Park.
Choi está sendo julgada atualmente por ter utilizado sua relação com Park para embolsar enormes quantias de dinheiro de grandes conglomerados sul-coreanos, que pagaram milhões de dólares a fundações privadas criadas por ela.
Primeiro conglomerado industrial do país, a Samsung foi o grupo mais generoso: doou 20 bilhões de wons (US$ 17 milhões) às fundações de Choi. É seguida por empresas como Hyundai, SK, LG e Lotte.
Nas últimas semanas, os investigadores interrogaram em várias ocasiões os dirigentes da Samsung e realizaram buscas nos locais da companhia.