No começo do ano, depois do massacre que resultou na morte de 33 presos em Roraima, veio à tona um ofício que a governadora Suely Campos enviou em novembro ao Ministério da Justiça em caráter de urgência, solicitando apoio do Governo Federal, bem como da Força Nacional para os presídios do estado. O pedido foi recusado e, a tragédia aconteceu.

No Paraná, uma situação parecida. Seis dos 28 detentos que fugiram da Penitenciária de Piraquara constam em uma lista de 39 integrantes do PCC que a Sesp havia pedido, há dez meses, para serem transferidos para presídios federais. Hoje, um encontro irá reunir secretários de segurança de todos os estados com o ministro da Justiça, Alexandre Moraes. O governo do Paraná informou que irá apresentar novamente a lista e solicitar a transferência dos detentos.

Na tarde de ontem, o Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná (Sindarspen) revelou que já havia alertado as autoridades sobre a possibilidade de uma fuga em presídios do Paraná. De acordo com a presidente da entidade, Petruska Sviercoski, não é de hoje que o Sindarspen reclama das condições de trabalho e também da falta de segurança nas unidades penais do estado.

Para mudar a situação, que ainda segundo o Sindarspen impossibilita a ressocialização dos presos, a entidade pede a contratação de mais agentes penitenciários e a melhora na infraestrutura das delegacias penitenciárias. O Governo do Estado, por sua vez, alega que desde outubro vem tomando ações preventivas, como o aumento das revistas e a movimentação dos presos para evitar que em eventual confronto houvesse mortes.