A região do interior de Minas Gerais sofre com o aumento de infectados por febre amarela silvestre. O vírus da doença pode ser transmitido pelo mosquito Aedes aegypti nas áreas urbanas e pelo mosquito Haemagogus nas áreas rurais. Por enquanto, o surto ainda não chegou nas grandes cidades. No entanto, a infectologista do Hospital e Maternidade São Cristóvão, Andreia Maruzo Perejão, alerta sobre a possibilidade de – se não houver um combate já nas primeiras notificações de febre amarela – o vírus alcançar a área urbana.

Os principais sintomas de quem contrai a doença são febre, pulso fraco, cefaleia, calafrios, prostração, náuseas e vômitos durante cerca de dois ou três dias, explica a infectologista. Caso evolua para quadros mais graves, como diarreia, sangramentos, icterícia e insuficiência hepática e renal, a febre amarela pode até levar à morte. Não há um tratamento específico, apenas amenizar os sintomas com medicamentos e acompanhamento médico, informa Andreia.

Uma das principais forma de prevenção é o combate aos mosquitos transmissores. No entanto, como este controle é extremamente difícil, principalmente em época de altas temperaturas e em locais próximos de mata, o ideal é a vacinação para todos que moram ou vão viajar para as áreas de risco. Contudo, a infectologista explica que há algumas contraindicações para a aplicação da vacina. É uma vacina de vírus vivos, o que limita seu uso em imunodeprimidos, como gestantes e lactantes. Também pessoas que são alérgicas a ovo não podem recebê-la. A vacina para febre amarela tem duração de 10 anos e, após ultrapassar esse período, é recomendado somente um único reforço atualmente no Brasil.