GUSTAVO URIBE, DÉBORA ÁLVARES E LAÍS ALEGRETTI
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – “Ai, meu Deus. Não acredito”. A frase foi a primeira reação esboçada pelo presidente Michel Temer nesta quinta-feira (19) ao ser informado do acidente envolvendo o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Teori Zavascki.
No outro lado da linha, estava um auxiliar do gabinete do ministro, que pedia ao presidente a ajuda das Forças Armadas para descobrir se ele havia morrido no acidente aéreo.
Impactado com a informação, o presidente acionou o comandante da Aeronáutica, Nivaldo Rossato, e, em silêncio, se dirigiu para cerimônia de entrega de cartas credenciais para embaixadores no país.
Visivelmente abalado, o peemedebista tentou manter semblante de normalidade durante o evento e, em duas oportunidades, foi informado por auxiliares e assessores novidades sobre o ocorrido.
A confirmação da morte só chegou ao presidente mais tarde por meio do Ministério da Defesa, quando ele já estava no gabinete presidencial acompanhado de ministros e assessores.
Com a notícia, o presidente começou a preparar com a equipe de comunicação o pronunciamento para lamentar a morte do ministro.
Em conversas reservadas, ele considerou indispensável participar das cerimônias fúnebres e evitou falar na indicação de um nome para substituir o ministro na Suprema Corte.
Segundo um auxiliar presidencial, contudo, o peemedebista indicou que deve escolher um nome “o mais rápido possível”.
O ministro, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, morreu na tarde desta quinta-feira (19) em um acidente de avião na costa de Paraty (RJ).
A informação foi confirmada pelo filho do ministro Francisco Zavascki. O Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro informou que ao menos três pessoas morreram na queda.
De acordo com os bombeiros, o avião permanece submerso e três pessoas ficaram presas nas ferragens. Carlos Alberto Filgueiras, dono do hotel Emiliano, também estava no avião. Não há informações até o momento sobre demais ocupantes.