SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O México extraditou nesta quinta-feira (19) para os Estados Unidos o líder do cartel de Sinaloa, Joaquín “El Chapo” Guzmán Loera. O maior traficante ativo do país teve a transferência autorizada pela Justiça em outubro.
Ele foi entregue pelas autoridades mexicanas a agentes americanos no aeroporto internacional de Ciudad Juárez, na fronteira com os Estados Unidos, e foi levado por via aérea para uma prisão ainda não revelada.
Segundo a Secretaria das Relações Exteriores mexicana, o líder do cartel de Sinaloa foi entregue “de acordo com as normas constitucionais” e não teve “violados seus direitos humanos nos procedimentos instaurados”.
A extradição foi autorizada depois que os tribunais mexicanos negaram recurso da defesa, que queria impedir a ida do traficante. Nos EUA, ele deve responder por tráfico de drogas, homicídio e formação de quadrilha.
A chegada aos EUA deve dar fim à carreira de um dos líderes de cartel mais longevos da história mexicana. Em mais de 30 anos no tráfico, passou de capanga do Cartel de Juárez para dominar a rota de venda de droga aos EUA.
Neste período, foi preso duas vezes e fugiu duas vezes da prisão -da última vez, em julho de 2015, foi protagonista de uma fuga cinematográfica. Em nenhuma das ocasiões o México abriu mão de julgá-lo no país.
Ao ser preso pela terceira vez, em janeiro de 2016, o presidente Enrique Peña Nieto aprovou sua extradição para os EUA, que acabou sendo liberada pela Justiça.