SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Corte Interamericana de Direitos Humanos afirmou, em nota, esperar “uma investigação especialmente cuidadosa e célere sobre as circunstâncias do desastre” que matou o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Teori Zavascki, relator da Lava Jato, nesta quinta (19). “Em virtude da relevante posição de ministro do Supremo Tribunal Federal em pleno exercício e relator de processos fundamentais para a vida nacional, espera-se uma investigação especialmente cuidadosa e célere sobre as circunstâncias do desastre ocorrido”, diz o texto, assinado pelo presidente da corte, Roberto F. Caldas.

A nota também expressa consternação e “solidariedade à família e aos excelentíssimos colegas enlutados”. Juiz do STF desde 2012, Teori era responsável pelos casos da Lava Jato que envolvem pessoas com foro privilegiado, como congressistas e ministros. Ele trabalhava na fase final da análise da homologação da delação da Odebrecht, o maior acordo de colaboração da operação.

O ACIDENTE

A aeronave, prefixo PR-SOM, havia saído do Campo de Marte, em São Paulo, às 13h01. Segundo a Infraero e Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), ela pertence à Emiliano Empreendimentos e Participações Hoteleiras, dona do hotel Emiliano.

O avião caiu no mar de Paraty, próximo da chamada Ilha Rasa, que fica a cerca de dois quilômetros do litoral. Paraty fica a 250 quilômetros da capital do Rio. Chovia de maneira moderada na hora do acidente, segundo a ClimaTempo. No entanto, havia grande nebulosidade e formação de raios. Também morreram no acidente o empresário Carlos Alberto Filgueiras, dono do hotel Emiliano, o piloto Osmar Rodrigues, 56, Maíra Lidiane Panas Helatczuk, 23, e sua mãe, Maria Hilda Panas, 55.