SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Uma equipe de proeminentes juristas e ex-advogados da Casa Branca pretende entrar nesta segunda-feira (23) com uma ação contra o presidente dos EUA, Donald Trump, de acordo com relatos da imprensa americana. Os autores do processo argumentam que Trump viola a Constituição ao aceitar pagamentos de governos estrangeiros em seus hotéis e em outras operações de seu conglomerado empresarial. A ação não buscará recompensação financeira e pedirá a uma corte federal de Nova York que determine a suspensão dos pagamentos feitos a Trump por entidades ligadas a governos estrangeiros. Esses pagamentos incluem aqueles feitos aos hotéis de Trump e seus campos de golfe; empréstimos para seus prédios de escritórios fornecidos por bancos controlados por governos estrangeiros; e arrendamentos com inquilinos como o Escritório de Turismo de Abu Dhabi, uma empresa governamental dos Emirados Árabes. “Os autores da Constituição eram estudantes de história”, afirmou Deepak Gupta, um dos advogados autores da ação, ao jornal “The New York Times”. “E eles entendiam que um jeito de uma república falhar é se poderes estrangeiros pudessem corromper nossos líderes eleitos.” Eric Trump, filho do presidente e vice-presidente executivo das Organizações Trump, afirmou que a empresa tomou mais medidas do que o estipulado em lei para evitar exposição legal a esse tipo de ação, como doar qualquer lucro obtido via pagamentos de governos estrangeiros nos hotéis de Trump para o Tesouro dos EUA. “Isso é apenas assédio para ganho político, e, fracamente, eu acho isso muito, muito triste”, afirmou Eric em uma entrevista neste domingo (22).