JEREMIAS WERNEK
SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Rodrigo Dourado virou exemplo e capitão. Um dos jogadores com maior poder de venda do elenco que foi rebaixado no Brasileiro de 2016, o volante permaneceu no Internacional. Sentiu a queda para Série B como poucos e inicia a nova temporada com outro status. Aos 22 anos, ele é o vice-capitão do Colorado.
“Ficou estabelecido que o D’Ale é o capitão e o Dourado o vice. É hora dele assumir a responsabilidade, tem uma história bonita no clube e passa a ter uma liderança diferente”, afirmou Zago.
A função foi designada por Antônio Carlos Zago, mas tem uma simbologia que vai além da escolha do treinador.
Formado nas categorias de base do clube, Dourado terá a braçadeira na ausência de D’Alessandro com a missão de defender a história do Inter como um formador de jovens. Como um ‘celeiro de ases’.
“Quando abre a janela (de transferências) é normal aparecerem sondagens. Mas eu quero permanecer. Me sinto responsável pelo rebaixamento e quero ser responsável por recolocar o Inter na Série A”, disse Rodrigo Dourado.
Em dezembro, o estafe de Dourado chegou a receber duas sondagens com valores estipulados. As quantias foram consideradas baixas já pelo empresário Jorge Baidek e assim, sequer chegaram ao Inter e ao jogador.
O caso vivido por Rodrigo Dourado é contrastante com a situação de William. O volante e o lateral direito foram promovidos ao grupo principal em 2015, estiveram na histórica conquista da medalha olímpica nos Jogos do Rio. Mas tomaram rumos diferentes após o rebaixamento.
O Internacional, do agora vice-capitão Rodrigo Dourado, permanece em regime de concentração até quarta-feira (25). No domingo (29), estreia no Gauchão contra o Veranópolis, fora de casa.