Vitrais no banheiro, elevador privativo em cada suíte, The 13 será o hotel mais caro do mundo e deverá abrir portas no final de 2017. Cerca de 1,4 bilhão de dólares foram empregados no hotel, correspondendo a 7 milhões por unidade. Luxo e elegância são os dois critérios principais The 13, prometendo ser a mais cara atração de Macau, a Las Vegas chinesa dos jogos de azar.


Só sobrou a fachada da igreja católica, mas é uma das principais atrações de Macau

Para o bilionário Stephen Hung (57 anos), The 13 vai estabelecer um novo padrão para os hotéis de luxo, oferecendo valores de uma idade de ouro, onde extravagâncias não têm limites e tudo é feito artesanalmente, tudo é personalizado. O projeto faraônico tem 200 apartamentos divididos em Villas de 185 metros quadrados, até 2.700 metros quadrados, como a Villa do Comte, Villa do Marquês, Villa Stephen, a que será a suíte real. Para garantir a privacidade dos hóspedes, cada Villa terá elevador privativo, dando acesso direto à suíte. O ambiente será idêntico ao castelo de Versalhes, com toques de barroco ou romântico, decoração com móveis de época ou estilo moderno. Esculturas, pinturas no teto, imensos lustres de cristal, cortinas de veludo, camas king size: nada foi esquecido. Os banheiros parecem catedrais de tão grandes, com vitrais artísticos, mármores e candelabros.


Macau registrou 31 milhões de turistas em 2016

The 13 também terá restaurante com serviço de mordomos formados pela Guilde inglesa de Butlers, disponíveis 24 horas de todos os 7 dias da semana. Uma área de boutiques de luxo – L’Atelier – terá roupas de alta costura, trajes sob medida, jóias, acessórios. Entre os seis restaurantes, destaque para o anexo L’Ambroisie, um 3 estrelas famoso da praça de Vosges de Paris, que teve como clientes François Hollande e Barack Obama na noite de abertura do COP21, em novembro último.

O transfer aeroporto-hotel-aeroporto será gratuito, com direito a chauffeur dirigindo um dos 30 Rolls Royce Phanton personalizados. As extravagâncias luxuosas têm um preço: 90 mil euros por uma noite na suíte real Villa Stephen. Veja informações – e faça reservas – no www.the13.com


Território português que retornou para o domínio da China, Macau prospera a cada dia

Macau é há meio século a Las Vegas oriental. Mas a ilha tem atrações cheias de charme, com vestígios coloniais de Portugal, uma gastronomia única e até o nome – Macau – evoca cultura e mistérios de um lugar longínquo. Mas o rochedo de 29 quilômetros quadrados fica bem próximo de Hong Kong. O antigo domínio português, ancorado em pleno mar da China, era descrito como um mundo de contrabandistas, reino do ópio, paraíso do deboche, inferno dos jogos. Cinquenta anos depois, Macau mudou, embora guarde ainda seus mistérios.


É durante a noite que Macau brilha nos seus cassinos

O que não mudou: a região administrativa especial – RAS –da China, desde 1999, que continua sendo o paraíso dos jogadores. O volume dos negócios nos cassinos é seis vezes maior do que em Las Vegas. E a primeira coisa que o visitante enxerga na colina sobre o mar, é um cassino. Difícil de resistir aos jogos de azar, diante dos prédios exóticos, que desafiam o horizonte pela audácia da arquitetura. Há lembranças de Veneza, com direito a canais internos, junto de uma das maiores sedes de jogos do mundo. O Grand Lisboa parece uma gigantesca espiga de trigo, monumento kitsch para ninguém botar defeito. O MGM tem um grande pátio e o Wynn se destaca pelos clássicos jatos d’água que aparecem quando cai a noite.

As ilhas de Taipa e Coloane formam a península de Macau. Através do verniz enlouquecido dos prédios, se esconde a verdade cidade, com casas coloniais e fachadas em tons pastel. Elas estavam lá muito antes da chegada dos cassinos. E com certeza vão sobreviver ao avanço da modernidade. Monumentos como o templo d’A-ma, foram a primeira visão que tiveram os marinheiros portugueses desembarcados no século XV e as ruínas da igreja São Paulo são hoje atrações que despertam emoções. Macau é a herança da mistura sino-portuguesa que continua marcando a cultura local.


Templos mantém viva a tradição do passado

É na gastronomia que a cultura é mais marcada, com galinha africana, caranguejo ao curry, bacalhau, tudo que pode ser degustado tanto nas mesas rústicas de barracas de rua, como nos restaurantes famosos e elegantes. Os cassinos atraem grandes nomes da cozinha internacional, como Joël Robuchon, que instalou seu restaurante no domo do Grand Lisboa, oferecendo cardápio de 3 estrelas a preços acessíveis.

Os bares mais frequentados são os dos hotéis Altira e Sky 21. No bairro Três Lâmpadas, mais residencial, o turista encontra lojas de criadores e estilistas famosos e é o lugar certo para compras e apreciar vitrines. Longe da agitação dos cassinos, o Lou Lim Loc é um dos jardins da cidade. No monte Guia a visita é para a fortaleza da era colonial, de onde se aprecia a mais bonita panorâmica de Macau.


Macau também tem sua Veneza, com gôndolas e canais. E cassino, claro

Macau é uma etapa de viagem pela Ásia fascinante e pode ser alcançada em ferry boat a partir de Hong Kong. O dinheiro que circula é a pataca. Ou o dólar de Hong Kong ( 1000 HK$ é igual a 95 euros). A hotelaria cobra a partir de 200 euros a noite no MGM e no Wynn. No Sofitel as diárias iniciam em 130 euros.

Importante: banho de mar deve ser esquecido. Por falta de cuidados, a água é bastante poluída, barrenta e a praia fica longe de tudo. Além de ser frequente a presença de tubarões. Prefira as piscinas dos hotéis. Saiba mais no www.macautourism.gov.mo