Mostrar aos paranaenses o Paraná. Essa é a meta do secretário de Estado da Cultura, João Luiz Fiani, à frente da pasta, que tem como proposta em 2017 levar os espetáculos dos programas Circula Paraná, Domingo Tem Teatro (teatro infantil) e o Prêmio Arte Paraná para as cidades parananese.

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Fiani conta que, assim que assumiu a pasta, visitou vários municípios a fim de chegar a uma proposta que contemplasse a cultura do Estado como um todo. Dividimos o Paraná em oito macrorregiões culturais para atender a todas as cidades, levando a arte até mesmo para municipios com até 20 mil habitantes, diz. E conseguimos com o Circula Paraná, ressalta. 

Como um exemplo da proposta, ele cita a ação piloto desenvolvida no Teatro José Maria Santos, em Curitiba, em 2016: o Domingo Tem Teatro. Neste ano, a ação será levada para as cidades do interior. O programa é voltado ao público infantil e inclui apresentações aos domingos, sempre às 11 horas, e funciona como um braço do Circula Paraná. O ingresso é um brinquedo para ser doado à instituições.

Dentro do projeto Circula, Fiani aponta outra medida positiva para a Cultura do Estado: a resolução 005/2016 que que vincula a liberação de recursos da Lei Rouanet às estatais somente após a apreciação dos projetos pela Secretaria de Estado da Cultura (Seec). Com essa medida, conseguimos manter o direcionamento de levar a cultura para todas as regiões do Estado, diz. Ele explica que, do contrário, a maioria dos projetos seria destinada apenas a Curitiba, que é a capital e tem maior público.

Para viabilizar a prosposta, Fiani relata que, através de várias conversas com a Secretaria da Fazenda, conseguiu fazer as adequações necessárias à reducão de custos da pasta. Oferecendo os resultados solicitados, consegui que o meu orçamento para viabilizar o Prêmio Arte Paraná passasse dos R$ 450 mil, em 2016, para R$ 900 mil, em 2017, afirma. O Prêmio funciona também como um braço do Circula Paraná.

Esse programa, que tem os espetáculos de teatro, circenses e de música selecionados através de um edital, tem como proposta ser apresentado em Curitiba e em uma cidades das oito macrorregiões. Embora ainda não exista uma data definida, a previsão do secretário é que o processo de seleção dos projetos para este ano saia entre o final de abril e maio deste ano.

Segundo o último balanço, nos meses de novembro e dezembro de 2016, a Seec levou espetáculos de circo, teatro, dança e música a 26.152 expectadores. Com um investimento de R$ 450 mil foram realizadas 192 apresentações em 67 municípios das regiões dos Campos Gerais, Cento-Sul, Curitiba, Litoral, Nordeste, Noroeste, Oeste e Sudeste do Paraná.

O Prêmio Arte Paraná selecionou e premiou espetáculos de circo, dança, música e teatro. Ao todo foram 24 espetáculos. Fiani conta que a ideia do Prêmio é aproximar artistas e produtores culturais do Estado. Com essa estratégia, promovemos a apresentação dos artistas e dos produtores culturais de todas as regiões que podem no futuro, prosseguir com essa relação cultural, através da realização de novos espetáculos, disse.

No levantamento apresentado pela pasta em janeiro deste ano, havia 66 projetos com até 70% do valor total já captado, ou seja, liberado para a execução. Deste total, a região de Curitiba é a maior contemplada, com 40 projetos, seguida pelo Litoral e Nordeste do Estado (18 cada um), Noroeste (17), Campos Gerais (15), Oeste (14) e Sudoeste (7).

Por área, estes projetos estão divididos em 14 para serem apresentados em cidades de até 20 mil habitantes, totalizando R$ 1.779.682,99.

Outros 14 serão apresentados para cidades com população de 20 mil a 100 mil habitantes, totalizando R$ 2.879.916,75. Outros 28 para municípios com mais de 100 mil habitantes, que totalizam R$ 6.051.089,02.


Rápida

Sem conflito
Questionado sobre como concilia o cargo de Secretário de Estado da Cultura com o de empresário do meio artistíco, pois é proprietário do Teatro Lala Schneider, João Luiz Fiani é bastante objetivo. Fora do meu horário de trabalho na Secretaria, eu faço algumas apresentações no Lala, disse. Sobre um possível conflito de interesses, por estar à frente de pasta da qual o Teatro Guaíra é subordinado, Fiani ressalta que o Guaíra é uma autarquia com gestão própria. Quem dirige o Guaíra é a Mônica Richsbieter, diz. Eu não me apresento lá e, por integrar o conselho do Guaíra, a única exigência que fiz foi a realização de editais para a ocupação dos auditórios, diz.