JULIANA GRAGNANI
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A poucos metros da concentração do bloco que costuma atrair o maior público em São Paulo, o Acadêmicos do Baixo Augusta, jovens foliões fazem um “esquenta” na avenida Paulista.
Fechada para carros e aberta para pedestres aos domingos, a avenida adotada neste domingo (19) pelos foliões tem vários deles sentados no chão, bebendo antes da saída do bloco. Há muito lixo espalhado no cruzamento da rua Augusta com a Paulista, onde fica a estação de metrô Consolação, e também há garis fazendo a varrição da área.
Muitos foliões procuram o bloco na rua Augusta, mas o cordão não sai de lá desde o ano passado. Em 2016, recebeu 180 mil pessoas na rua da Consolação, de onde desce em direção ao centro.
Com uma bebida azul (quase fosforescente) em mãos, a estudante Carolina Abrantes, 20, uma das que procuravam o bloco na Augusta, dizia que a quantidade de lojas na Paulista ajudava a avenida a virar um ponto de encontro carnavalesco. Ela e os amigos compraram gelo de ambulantes, que abundam na avenida -inclusive os credenciados para o Carnaval-, para fazer drinques.
Sentado no chão, o estudante Julio Valle, 16, faz as vezes de guardião das duas garrafas de vodca e uma de energético que pertencem a seu grupo de amigos. A seu lado, enquanto espera belo bloco, um amigo fuma maconha. Ao lado, ambulantes vendem tiaras floridas para o Carnaval por R$ 10 cada.
“Se não gostarmos do bloco, voltamos para cá, onde tem muita coisa para fazer, muitos shoppings”, diz a estudante Izabella Arruda, 18, de saia, suspensórios e gravata borboleta (“um look fashionista”, como define).
O burburinho na Paulista se completa com a ocupação do MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra), onde há apresentações como a do cantor Jairo Pereira, da banda Aláfia.