Após a surpresa com o corte do juro em janeiro, o Banco Central volta a se reunir hoje e amanhã, diante da firme aposta do mercado financeiro de que o ritmo de redução da taxa básica (Selic) continuará em 0,75 ponto porcentual. A recente inflação de janeiro, que ficou no menor patamar em quase 40 anos, mexeu com os ânimos e tem sido usada como argumento de pressão — até mesmo no próprio governo – para que o Comitê liderado por Ilan Goldfajn acelere o passo.
Analistas reconhecem que há algum espaço para ação mais agressiva, mas a maioria absoluta dos economistas e de analistas do mercado financeiro — como mostrou levantamento do Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado — acredita que o BC manterá o ritmo. Parece não haver dúvida entre analistas de que o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC continuará com o processo de desaperto da economia.
Das 68 instituições financeiras ouvidas pelo Projeções Broadcast, 67 apostam em corte do juro de 0,75 ponto, de 13,00% para 12,25% ao ano. Apenas uma casa prevê redução mais agressiva, de 1 ponto, o que levaria a Selic para 12%.