SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A taxa de desemprego nos 39 municípios da região metropolitana de São Paulo aumentou em janeiro, passando de 16,2% (em dezembro) para 17,1%, segundo a PED (Pesquisa de Emprego e Desemprego), feita em conjunto pela Fundação Seade (Sistema Estadual de Análise de Dados) e o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). A variação ficou acima do índice medido em janeiro de 2016 (14%). As informações são da Agência Brasil.
O total de desempregados em janeiro foi estimado em 1,883 milhão de pessoas, com um acréscimo de 88 mil acima do registrado em dezembro último. A elevação ocorreu devido à redução de 153 mil vagas e à saída de 65 mil pessoas do grupo de concorrentes a um emprego.
O levantamento indica, no entanto, que a proporção de pessoas em busca de emprego cresceu de 13,5% para 14,1% e as que deixaram de procurar vagas por falta de perspectivas ou que desenvolveram atividades precárias, os chamados bicos, subiu de 2,7% para 3%.
O nível de ocupação caiu em 1,6%, com um total estimado de 9,13 milhões de pessoas em atividades. Por setor, o de serviços foi o que efetuou o maior número de demissões (82 mil), com recuo de 1,5% na criação de postos. Na indústria de transformação, 49 mil postos de trabalho foram fechados (-3,6%) e , na construção, 29 mil (-4,7%).
O cenário menos ruim é do comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas, onde o saldo entre contratações e demissões foi considerado estável, porém, com mil empregados a menos do que havia em dezembro e taxa de variação em -0,1%.
A renda média, tanto dos ocupados quanto dos assalariados, foi corrigida em 0,9% entre novembro e dezembro. Os rendimentos dos ocupados passaram para R$ 2,028 mil e os dos assalariados, para R$ 2,093 mil.
Em dezembro do ano passado, na comparação com o mesmo mês de 2015, diminuiu em 14,4% o total de trabalhadores sem carteira assinada. Paralelamente, também recuou em 2% o número de empregados legalmente contratados ou com carteira assinada.
Nos últimos 12 meses, o nível de ocupação teve queda de 4,1% com 387 mil vagas suprimidas. No período, 53 mil pessoas deixaram o mercado de trabalho, resultando no aumento de 334 mil no total de desempregados. A maior retração ocorreu na indústria de transformação, que fechou 179 mil postos de trabalho, o que significa recuo de 12,1%.