Apesar de alguns indicadores apontarem para um início de recuperação da economia brasileira, a Páscoa 2017 não tem muito otimismo no setor supermercadista. Pesquisa de Páscoa, realizada pelo Departamento de Economia da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), divulgada na semana passada, mostra que os empresários não esperam muito da data neste ano.

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As encomendas dos supermercados apontam para uma redução nominal de 4,9% nas vendas da Páscoa 2017. Deflacionada pela variação média dos produtos pesquisados, 3,1%, a redução real deverá ser de 7,7%. De acordo com o superintendente da Abras, Marcio Milan, o resultado já era esperado. O momento econômico atual, com taxa crescente de desemprego e vendas mais tímidas, está refletindo nas expectativas dos supermercadistas, que estão mais receosos, ressalta o superintendente.

O levantamento feito pela Abras aponta que apenas 12,1% dos empresários estão otimistas em relação à data, e projetam números superiores aos registrados em 2016. No entanto, 39,4% dos empresários acreditam que os resultados de 2017 serão inferiores aos apresentados em 2016.

Em relação às encomendas de chocolates, tradicionais na época, os varejistas preferiram ser mais cautelosos este ano, e apostaram nos produtos de menor valor agregado, como as caixas de bombons de 400 gramas (alta de 4%), chocolates em geral (barra, tablete, etc.), 4% e bombom bola (2,1%). O restante dos produtos registrou queda nas encomendas: Ovos de Páscoa em Geral (-9,8), Ovos de Páscoa acima de 150 gramas até 500 gramas (-9,8%), Ovos de Páscoa até 500 gramas (-9,4%), Ovos de Páscoa até 150 gramas (-5,9%).

Em relação à variação de preços dos produtos (indústria/fornecedores) na comparação com a Páscoa de 2016, no grupo dos chocolates, o bombom em caixa (400 gramas) apresentou a maior alta (4,4%), seguido de chocolates em geral (barra, tabletes, etc.), que registrou 4,1%, bombom bola (3,7%), Ovos de Páscoa até 150 gramas (3,7%), Ovos de Páscoa em geral (3,4%), Ovos de Páscoa mais de 150 gramas até 500 gramas (2,8%), Ovos de Páscoa acima de 500 gramas (2,0%). Na média, o chocolate está 3,4% mais caro em relação aos preços praticados na Páscoa 2016.