A paralisação dos motoristas e cobradores de Curitiba e Região entra no sexto dia nesta sgunda-feira (20), ainda sem sinal de trégua. No domingo (19), as categorias em greve, segundo dados da Urbs, não colocaram nas ruas nem mesmo a frota mínima de 40% exigida pela Justiça nas ruas da cidade. De acordo com informações da Urbs, às 14h30 de domingo apenas 36% da frota estava nas ruas de Curitiba e 23 estações tubo estavam sem cobrador.

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O mesmo aconteceu na manhã desta segunda-feira (20), quando às 6h30, segundo a Urbs, apenas 31% da frota rodava e 17 estacões estavam sem cobradores. Às 7h30, a situação melhorou, mas ainda assim os números ficaram abaixo do exigido pelo Tribunal Regional do Trabalho – 45% da frota e todas estações com cobradores.

Com o número está abaixo da frota mínima, uma multa de R$ 100 mil por hora de descumprimento da frota mínima poderá se aplicada ao Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc). De acordo com a Urbs, relatórios sobre a frota criculante do Centro de Operações são encaminhados à Justiça quatro vezes ao dia e ontem, em nenhum momento, o porcentual mínimo de ônibus nas ruas foi respeitado.

Procurado pela reportagem, o Sindimoc afirmou que a greve ocorre em Curitiba e outros 47 municípios da Região Metropolitana e, ainda de acordo com o sindicato, a Urbs gerencia apenas o transporte público de Curitiba. E por isso, não teria competência para auferir o número de veículos transitando nas ruas. O Sindimoc questiona ainda os dados apresentados pela Urbs, uma vez que ninguém tem acesso aos dados da Urbs.

Enquanto Sindicato e Urbs questionam os número da frota mínima, a população segue com o sistema de transporte coletico funcionando parcialmente. Amanhã haverá uma nova audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho no Paraná (TRT) para tentar resolver o impasse, ou seja, hoje e amanhã, a população contará com apenas parte do transporte coletivo nas ruas.. A reunião que houve na última sexta-feira, 17, terminou sem nenhum acordo.

A reivindicação por parte dos motoristas e cobradores é de um reajuste de 15% sobre o piso salarial e elevação do vale-alimentação de R$ 500 para R$ 977. O sindicato patronal ofereceu repor tanto o salário como o vale-alimentação de acordo com a variação do INPC, que foi de 5,43%.