Uma operação de fiscais da prefeitura Municipal está nas ruas de Curitiba para colher amostras de carne e embutidos comercializados em hipermercados e estabelecimentos de embutidos. A ação tem como meta verificar se no comércio da capital há produtos de marcas oriundas dos 21 frigoríficos denunciados pela Operação Carne Fraca, deflagrada na última sexta-feira, 17, pela Polícia Federal e que apurou a existência de um esquema gigantesco de venda da carnes adulteradas.

O primeiro local a ser vistoriado foi um hipermercado localizado no bairro Jardim das Botânico. No entanto, a empresa vistoriada não permitiu que a reportagem acompanhasse o trabalho dos fiscais. Ao todo, 10 amostras devem ser recolhidas ao longo da semana. Segundo Rosana, o procedimento necessário para este tipo de produto é muito demorado.

Os produtos recolhidos nesta segunda, 20, foram salsicha, linguiça defumada, carne embalada à vácuo e salame. Nesta terça-feira, 21, a coleta deve continuar. Os pontos de fiscalização são escolhidos aleatoriamente, dentre aqueles que fazem venda direta à população. O alvo desta ação especificamente não são os estabelecimento em si, mas os produtos das marcas citadas pela operação da PF.

As amostra colhidas serão encaminhadas do Laboratório Central do Estado (Lacen) para análise, segundo as informações da Diretora do Departamento de Saúde Ambiental da Secretaria Municipal de Saúde, Rosana Zappe. “Essa é uma ação pontual para colher amostra em função desta Operação Carne Fraca”, diz. Os técnicos irão percorrer apenas os hipermercados, supermercados e estabelecimentos que comercializam carnes e embutidos. “Restaurantes não estão em nosso alvos, apenas os pontos de venda ao consumidor”, conta.

Questionada sobre se houve denúncias de consumidores a respeito de produtos encontrados no comércio de Curitiba em virtude das noticias sobre a Operação Carne Fraca, Rasana negou. “Não, nós não recebemos nenhuma denúncia”, afirma. Ela ressaltou que a equipe do Departamento faz diariamente operações de fiscalização no comércio da cidade. As irregularidades mais comuns encontradas são temperatura e rotulagem inadequada, além de falta de higiene em alguns estabelecimentos. 

Sobre as autuações aplicadas, Rosana explicou que depende da irregularidade. “Se há um produto irregular, nós apreendemos essa mercadoria, mas não fechamos o estabelecimento por isso”, explica. Ela reiterou, no entanto, que é feita uma autuação ao estabelecimento dependendo de qual irregularidade seja encontrada, como por exemplo, a de temperatura inadequadas das geladeiras para a conservação dos alimentos.