Para colocar fim à greve de motoristas e cobradores do transporte coletivo das linhas urbanas de Curitiba, a Urbanização de Curitiba S/A (Urbs) incluirá na planilha técnica que remunera as empresas contratadas para operar o sistema a diferença de 6% para 15% no vale-alimentação dos trabalhadores. A medida não tem nenhum tipo de impacto no valor da passagem paga pelo passageiro.

A decisão foi tomada em reunião ocorrida no meio da tarde desta quarta-feira, 22, na qual participaram ao Sindicato de Motoristas de Curitiba e Região Metropolitana de Curitiba (Sindimoc) com representantes da Companhia de Urbanização de Curitiba (Urbs), Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec) e Sindicato das Empresas de Transporte de Curitiba e Região Metropolitana (Setransp). 

Segundo nota da Urbs, publicada no portal de notícias da Prefeitura de Curitiba, “desde o início do movimento grevista a Urbs deu total transparência ao seu posicionamento, sustentando que não havia possibilidade de aumentar o repasse para as empresas além dos índices projetados. Mesmo entendendo que a negociação salarial seja entre empregadores e empregados, como gestora do sistema de transporte da capital e por uma determinação do prefeito Rafael Greca para finalizar de uma vez a greve que afeta milhares de famílias, aceitamos alterar apenas essa projeção, disse o presidente da Urbs, José Antonio Andreguetto.

A proposta foi aceita pela categoria e incluída no acordo trabalhista firmado nesta quarta-feira (22/03) entre os sindicatos dos Motoristas e Cobradores (Sindimoc) e das Empresas de Transporte de Curitiba e Região Metropolitana, Urbs e Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec). O acordo foi encaminhado para o Tribunal Regional do Trabalho para avaliação e homologação.

A diferença de porcentual de 6% para 15% no vale alimentação está fora do que foi projetado pela Urbs, e resultará em cerca de R$ 5,4 milhões a mais no ano. Faremos um grande esforço para absorver essa diferença dentro do Fundo de Urbanização e, mais uma vez, reafirmamos que não existe qualquer possibilidade de aumento de tarifa para o passageiro até fevereiro de 2018, disse Andreguetto. 

greve de ônibus do transporte coletivo de Curitiba e Região Metropolitana tinha sido suspensa por 24 horasa partir da manhã desta quarta-feira (22). A decisão foi tomada em assembleia nas garagens de Curitiba e Região Metropolitana logo cedo. 

Segundo o Sindicato dos Motoristas e Cobradores (Sindimoc), a categoria aprovou ainda por ampla maioria a proposta de acordo formulada ontem pela desembargadora Marlene Suguimatsu, em audiência de conciliação, de 6% de reajuste salarial, R$ 400 de abono e R$ 575 de cartão alimentação. O que eles queriam a mais e conseguiram foram os R$ 45 no cartão alimentação. 

Reajuste firmado

• 6% de aumento salarial

• R$ 400 abono

• 15% de aumento no vale alimentação, que passa de R$ 500 para R$ 575

• Manutenção do anuênio

• Manutenção dos postos de trabalho dos cobradores

• Compensação dos dias parados

 

 

Mais informações em breve.