Para o corregedor-geral do Conselho Regional de Medicina (CRM-PR), a situação de agressões a profissionais de saúde é reflexo do momento que vivemos em todos os segmentos da sociedade, com a banalização da violência. Ainda segundo Marcondes Ribas, o empobrecimento do país e o crescimento da taxa de desemprego geram uma angústia grande, fazendo aumentar as taxas de adoecimento da população. Sem o mesmo poder aquisitivo de outrora, contudo, essas pessoas acabam tendo de buscar ajuda no sistema público de saúde,
Estamos tendo uma migração de toda uma população para o sistema público de saúde. São pessoas que perderam o convênio, o emprego, perderam o poder de compra, afirma o médico. A população do SUS, que já é muito grande, vem então aumentando. Com isso, as filas ficam maiores e as vezes o número de profissionais habilitados não é o suficiente, o que gera uma expectativa de atendimento que não se concretiza e a partir daí surgem uma série de fatores que levam à violência, explica o profissional.
A coisa centralizou na questão financeiro, mas a saúde sempre teve problema financeiro. No discurso de qualquer político a saúde é prioridade, mas na verdade nunca foi, nunca foi. Isso que nos deixa mais angustiados, diz a enfermeira Simone Peruzzo, presidente do Coren-PR. 
Paa ela, além de investimentos, os problemas da saúde também precisam de inovações, de ideias novas que combatam não só a falta de estrutura, mas também uma cedrta imobilidade do sistema.