Regulamentar a possibilidade de adoção de animais silvestres foi apenas uma das alternativas encontradas pelo IAP para apoiar os Centros de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), clínicas e hospitais veterinários que recebem animais resgatados, e que estão sobrecarregados. , além de inibir o tráfico de animais. O Ibama delegou ao IAP, em 2013, a responsabilidade pela gestão da fauna nativa silvestre. Desde então, o IAP vem adotando medidas no sentido de estruturar o estado do Paraná no que se refere aos cuidados com a fauna silvestre. 

“Quando a atividade foi repassada ao IAP, nós não tínhamos experiência nem estrutura para atender a demanda. Por isso, ao longo desses três anos estamos trabalhando fortemente na regulamentação da atividade, tornando o Estado mais restritivo do que o exigido nas leis nacionais, e à procura de parcerias, explica o presidente do IAP, Luiz Tarcísio Mossato Pinto. 

O Instituto vem trabalhando na elaboração de um edital para formalizar parcerias com criadouros científicos, mantenedores, institutos conservacionistas, clínicas e hospitais veterinários. O que nos auxilia muito é contar com uma rede de veterinários, biólogos e mantenedores de fauna que nos auxiliam gratuitamente na avaliação e recuperação dos animais que precisam de maiores cuidados. Mas precisamos trabalhar em conjunto com todos os setores para encontrar soluções viáveis e protocolos de atendimento a essas situações, conta. 

CETAS – O IAP está auxiliando na construção de um Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) em Ponta Grossa. O projeto está sendo desenvolvido em conjunto com um instituto conservacionista e é resultado de medidas compensatórias de licenciamentos ambientais emitidos pelo órgão, como da Usina Hidrelétrica Baixo Iguaçu, entre Capitão Leônidas Marques e Capanema, e da Klabin, em Telêmaco Borba. Também já existem tratativas de um termo de cooperação com o curso de medicina veterinária da Universidade Federal do Paraná (UFPR), em Toledo, para atender a demanda da região Oeste. 

Ao mesmo tempo, o Instituto tem feito diversas reuniões com o Ibama e a Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC), responsável pelo Centro de Triagem de Animais Silvestres de Tijucas do Sul. Estão sendo discutidas formas de manter o local aberto e alternativas de gestão do local. O Centro de Tijucas é administrado pela PUC e é uma referência no Estado. Sabemos das dificuldades e das prioridades da instituição de ensino, mas trabalhamos para que o local possa continuar funcionando e atendendo os animais que necessitam de cuidados, afirma o presidente do IAP.