SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Reunidos na cidade de Lucca, na Itália, os chanceleres do G7, grupo que reúne as principais economias desenvolvidas, não chegaram a um acordo sobre aplicar novas sanções contra a Rússia por seu apoio ao regime do ditador sírio, Bashar al-Assad.

Suspeito de atropelar multidão na Suécia admite crime de terrorismo

 

O chanceler da Itália, Angelino Alfano, anunciou nesta terça-feira (11) que “não há consenso” entre os membros do G7 sobre o tema.

A proposta de sanções havia sido apresentada pelo representante do Reino Unido, Boris Johnson. Segundo Afano, isolar ou escantear a Rússia no cenário internacional “seria errado”. Ele disse, porém, que a “posição do G7 é muito clara: apoiar as sanções já existentes” contra Moscou por seu apoio a separatistas no conflito no leste da Ucrânia.

O G7 (do qual participam EUA, Canadá, Reino Unido, França, Alemanha, Itália e Japão, além da União Europeia) considera o regime de Assad responsável por um ataque químico que deixou ao menos 80 mortos no nordeste da Síria na semana passada. Em resposta ao ataque, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ordenou bombardeios contra uma base aérea que teria sido usada pela aviação síria para conduzir o ataque químico, irritando a Rússia. Assad culpa os rebeldes pelo ataque químico.

O chanceler dos EUA, Rex Tillerson, segue nesta terça (11) em viagem para a Rússia para se reunir com o presidente Vladimir Putin.

O encontro deve ser marcado pelo atrito com relação à guerra na Síria. “É claro para todos nós que o reino da família Assad vai acabar”, afirmou Tillerson antes de embarcar. “Queremos evitar o rofrimento do povo sírio. A Rússia pode fazer parte desse futuro e exercer um papel importante (…) ou pode manter uma aliança com esse grupo [o regime de Assad], que acreditamos que não servirá aos interesses da Rússia no longo prazo.”