Amigos do jornalista João Pedro Schonarth, 29 anos, e do servidor público Bruno Banzato, 31 anos, programaram para este sábado (15) um ato em favor do casal, que foi vítima de homofobia nesta quinta-feira (13), em Curitiba. O ato será das 15 às 18 horas, na Praça Elias Abdo Bittar, R. Castro, SN, no bairro Água Verde.
O ato é organizado por sete amigos do casal. Amigas e amigos, sociedade curitibana e brasileira. Nossos amigos João Pedro Schonarth e Bruno Banzato viveram hoje um dia de tristeza e de dor, pelo simples fato de se amarem e de construírem uma família juntos. O ataque homofóbico apareceu sem face, de maneira anônima, por meio de panfletos jogados na rua em que os dois vão morar em breve. Neste sábado, dia 15, vamos lotar a rua do futuro lar do João e do Bruno, preencher aquele espaço de justiça, respeito, amor, dignidade e mostrar que eles jamais estarão sozinhos. Não vamos tolerar a homofobia. Ela fere, destrói, mata todos os dias. Mexeu com umx, mexeu com todxs! diz o texto no Facebook.
Casados há sete anos, Schonarth e Banzato eles estão prestes a adotar uma criança e estão de mudança marcada para uma casa no Água Verde. Nesta quinta-feira (13), começaram a circular pela vizinhança panfletos apócrifos, que diziam que “a rua vai ficar mais ‘alegre’ com os passeios matinais do casal, que vão influenciar filhos, netos” e que ainda dá o endereço da “baixaria”.
Nesta quinta-feira, o casal registrou um boletim de ocorrência na delegacia de Proteção a Populações Vulneráveis, que funciona dentro da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa, no Centro de Curitiba.
O caso foi publicado nas redes sociais e a revolta na internet foi imediata. Milhares de pessoas se manifestaram em apoio ao casal. De acordo com João Pedro, a vizinhança recolheu os panfletos da rua para que o mínimo de pessoas visse o material. O texto também tinha o endereço do casal e dizia que ali aconteceriam baixarias.
João Pedro conta que até então nunca havia sido vítima de homofobia e que imaginava que o crime estava relacionado apenas à violência física. Contudo, ele afirmou que houve sabotagens na casa, que está sendo reformada.
