SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Em dúvida, os franceses começam neste domingo (23) a escolher seu próximo presidente. Entre os 11 competidores que disputam o cargo máximo do país, quatro têm se consolidado como favoritos às duas vagas no provável segundo turno, a ser disputado em 7 de maio. Às vésperas da eleição, 31% dos eleitores ainda não definiram em quem vão votar. O alto número de indecisos pode definir a apertada concorrência entre os presidenciáveis, que disputam ponto a ponto a preferência dos franceses. Os líderes de intenção de voto são o centrista Emmanuel Macron (24%), a ultradireitista Marine Le Pen (22%), o conservador François Fillon (19%) e o ultraesquerdista Jean-Luc Mélenchon (19%). Os números são de uma pesquisa do instituto Ipsos realizada em 19 e 20 de abril com 2.048 entrevistados. A margem de erro é de 1,8 ponto em ambas as direções. A França é uma das principais economias da União Europeia e um dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU com poder de veto. A decisão terá portanto impacto no bloco econômico e na estabilidade global, temas da campanha dos quatro principais candidatos.

SEGURANÇA

Com o temor de um novo ataque terrorista, o governo francês anunciou que reforçará a segurança no país neste domingo (23). Mais de 50 mil agentes de segurança estarão nas ruas do país para garantir o bom andamento da votação. A França foi alvo de uma série de atentados nos últimos anos. Um violento ataque terrorista deixou 130 mortos em Paris e seus arredores em 13 de novembro de 2015. O país vive desde então em estado de emergência. As forças de segurança afirmam ter impedido um ataque ao prender dois suspeitos em Marselha durante esta semana. Um ataque a tiros deixou um policial morto na quinta-feira (20) em Paris. Candidatos reagiram ao incidente e cancelaram seus últimos eventos de campanha. Le Pen, que defende mais controles migratórios, aproveitou para pedir o fechamento das fronteiras.