SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Se estivesse viva, a cantora Ella Fitzgerald, conhecida como “A Primeira Dama da Canção”, completaria cem anos nesta terça-feira (25). Rainha do jazz, Ella marcou a música e, ao longo de mais dos 59 anos de carreira, gravou mais de 200 álbuns, aproximadamente 2.000 músicas e recebeu 13 Grammys.

Nascida em Newport News, Virgínia, e filha de um guitarrista, Ella lançou em 1938 seu primeiro hit “À-Tisket A-Tasket”. Além da música, ela também estrelou no cinema -em 1941 apareceu em seu primeiro filme, “Cavaleiros da Galhofa”, dirigido por Arthur Lubin. Porém, sua carreira na dramaturgia durou até 1960.

Ella veio duas vezes ao Brasil. Em 1960, liderou uma pioneira turnê pela América Latina. Sua orquestra incluía o guitarrista Jim Hall e o trompetista Roy Eldridge, entre outros jazzistas. Interessada pela bossa nova, a cantora começou a incluir no seu repertório clássicos como “Garota de Ipanema”, “Samba de Uma Nota Só” e “Wave”. Na sua segunda passagem pelo país, em 1971, Ella cantou “Mas que Nada”, de Jorge Ben Jor.

Envolvida pela música brasileira, a cantora gravou em 1981 um álbum exclusivamente com composições de Tom Jobim, “Ella Abraça Jobim”, com 17 canções como “Triste”, “Ele É Carioca”, “Dindi” e “Vivo Sonhando”. Fitzgerald sofria de diabetes, doença que causou a amputação de suas pernas em 1993 e foi responsável por sua morte, em 1996, aos 79 anos.