ARTUR RODRIGUES
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Os roubos a bancos e de carga, geralmente cometidos pelo crime organizado, cresceram no Estado de São Paulo no primeiro trimestre de 2017.
No Estado, roubos de carga subiram 28% no primeiro trimestre deste ano, passando de 2.152 casos para 2.762. Já os roubos a banco subiram de 28 para 35, um aumento de 25% no trimestre.
O crescimento acontece no momento em que brasileiros ligados à facção paulista PCC (Primeiro Comando da Capital) são suspeitos de participar de um mega-assalto no Paraguai. Ao todo, foram roubados R$ 120 milhões no crime ocorrido nesta segunda (24).
Os latrocínios também tiveram forte alta, de 35%. De janeiro a março de 2016, foram 77 casos, contra 104 no mesmo período deste ano. A capital paulista também seguiu a mesma tendência, com crescimento de 26% (de 23 casos para 34).
Os roubos em geral tiveram ligeira alta, de 3% –de 29.407 para 30.253.
O secretário Mágino Barbosa afirmou que a polícia tem feito prisões de quadrilhas de assaltantes. “É bom lembrar que em São Paulo a gente tem trabalhado com inteligência. No mês passado, nós tivemos a prisão de nove agentes preparados para praticar um assalto a uma empresa de transporte de valores”, disse.
Barbosa disse que o crime realizado no país vizinho é similar a outros cinco casos no Estado. Ele afirmou que a polícia paulista está à disposição para auxiliar nesse caso.
“Nós também queremos informações deles porque elas podem ser úteis não só na prevenção como também para elucidação de casos que já ocorreram”, afirmou.
Apesar das quedas nos casos de homicídios nos primeiros três meses do ano, passando de 890 para 878, houve aumento no número de vítimas. Elas passaram de 917 para 942, 25 a mais ou 2,7%.
Barbosa responsabilizou chacinas recentes por esses números. “Depois de um bom tempo sem homicídios múltiplos, tivemos alguns casos no mês de março. Isso termina evidentemente puxando os indicadores”, afirmou o secretário.