SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O Tribunal Regional do Trabalho da 2º Região concedeu liminar nesta quarta (26) determinando que os metroviários de São Paulo mantenham um efetivo mínimo de 80% durante os horários de pico (das 6h às 9h e das 16h às 19h) e de 60% no restante do dia na sexta-feira (28). O sindicato da categoria declarou que vai participar da greve geral convocada por centrais e movimentos sociais contra as reformas da Previdência e das leis trabalhistas. O Metrô havia pedido que 100% dos funcionários trabalhassem nos horários de pico e 70% nos demais horários. No entendimento do desembargador Francisco Ferreira Jorge Neto, porém, essas exigências impediriam o direito ao protesto dos trabalhadores contra as movimentações que ocorrem em Brasília. Caso descumpra o efetivo mínimo estabelecido, o sindicato deverá pagar multa de R$ 100 mil. Se a greve se prolongar para além de sexta-feira, a multa será de R$ 500 mil. Por ser privada, a Linha 4-Amarela deve manter seu funcionamento regular. Além dos metroviários, também aderiram à paralisação os motoristas de ônibus, ferroviários e motoboys. Na CPTM, foram confirmadas paralisações nas linhas 7, 10, 11 e 12. O Sindicato dos Aeroviários de Guarulhos também aderiu à greve. A entidade pediu ajuda ao MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) para fechar os aeroportos de Guarulhos e Congonhas, os dois maiores do país. Organizadores da greve também planejam uma manifestação a partir das 17h no Largo da Batata, zona oeste da capital paulista. De lá, o protesto deve seguir até a casa do presidente Michel Temer.