Após uma sexta-feira sem ônibus nas ruas por causa da greve geral, Curitiba amanheceu neste sábado (29) com 100% da frota nas ruas, segundo informações da Prefeitura de Curitiba. As empresas de ônibus, no entanto, dizem que vão à Justiça para pedir ressarcimento do prejuízo deixado com a paralisação de sexta. De acordo com o Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus (Sindimoc), 30 mil trabalhadores da categoria cruzaram os braços na sexta.

O Sindimoc comemorou a adesão da categoria à greve gera em nota no seu site. Exemplar, pela adesão total da categoria, que permaneceu unida e forte. Fundamental, por possibilitar que Grande Curitiba, ao lado de São Paulo, organizasse uma das maiores paralisações do Brasil contra o fim da aposentadoria e a reforma trabalhista. Fizemos parte da maior greve geral nacional do século. E nós, motoristas e cobradores de Curitiba e Região Metropolitana, mais uma vez, fomos destaque de mobilização em todos os veículos de comunicação. Desde madrugada, nos organizamos nas portas de garagens e não arredamos o pé com a pressão das empresas!”, diz a nota.

Em nota, o Sindicato das Empresas de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Setransp) lamentou o protesto e afirmou que deve buscar medidas judiciais contra o sindicato dos trabalhadores. Infelizmente, veículos de uma empresa foram atravessados na porta de outra empresa e tiveram seus pneus esvaziados para impedir que os ônibus saíssem às ruas, um método que lamentavelmente já se tornou comum. Além disso, mais uma vez oficiais de Justiça não encontraram nenhum representante do Sindimoc para notificar a decisão da Justiça exigindo frota mínima”.