SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Finalista do Campeonato Paulista 2017 com a Ponte Preta, Gilson Kleina vive hoje um dos momentos mais especiais de sua vida profissional.
O técnico, que iniciou sua trajetória como assistente (de Abel Braga, no Coritiba) em 1999 e dois anos depois teve a sua primeira chance como treinador, no Vila Nova-GO, tem pela frente, diante do Corinthians, a sua primeira grande decisão de campeonato da carreira – e a possibilidade da conquista de um título que marcaria para sempre o seu nome na história da Ponte.
Gilson Kleina já esteve à frente do Palmeiras e foi campeão brasileiro da Série B em 2013. Só que em um campeonato de pontos corridos, sem finais, como acontece agora.
Até então, a maior decisão em que esteve presente foi em 2006, pelo Campeonato Alagoano. Técnico do Coruripe, conseguiu levar o time ao primeiro título estadual da história após uma emocionante vitória sobre o CSA (maior campeão de Alagoas), nos pênaltis.
Com a mesma Ponte Preta, no ano de 2012, em sua primeira passagem pelo clube campineiro, Gilson Kleina chegou bem perto da final, mas viu a equipe alvinegra ser derrotada pelo arquirrival Guarani na semifinal única disputada no Brinco de Ouro da Princesa, por 3 a 1. Nas quartas, havia eliminado justamente o Corinthians, em duelo disputado no Pacaembu.
Voltando ainda mais para o começo da carreira de Gilson Kleina, vale destacar também a campanha feita no Campeonato Paranaense de 2002, pelo Iraty. O time foi campeão, mas com uma ressalva: os quatro primeiros colocados da edição de 2001 não participaram do Estadual de 2002 porque estavam disputando a Copa Sul-Minas de 2002. Com isso, foi um Paranaense sem os principais times: Atlético-PR, Coritiba e Paraná, além do Malutrom.
Os próximos domingos (30 de abril e 7 de maio) prometem ser especiais não apenas na história da Ponte Preta, mas também na de Gilson Kleina.
Com os holofotes todos voltados para os dois confrontos entre Ponte e Corinthians, o técnico pode, principalmente em caso de vitória, voltar a fazer parte do alto escalão dos treinadores brasileiros, mais até que em 2012 e 2013, quando foi destaque neste mesmo clube e chamou a atenção do Palmeiras.
PRIMEIRA PASSAGEM
Ídolo da torcida alvinegra, Gilson Kleina acumula mais bons que maus momentos na Ponte Preta. O técnico ganhou moral com a torcida ao recusar uma proposta do Fluminense em março de 2011 e permanecer na Ponte. No mesmo ano, levou a equipe de volta à Série A após seis anos , e em 2012 chegou à já citada semifinal do Campeonato Paulista.
O momento de maior atrito aconteceu justamente em setembro de 2012, quando foi chamado de ‘traidor’ e ‘mercenário’ por alguns aficionados por deixar o comando da Ponte Preta no meio do Campeonato Brasileiro e acertar com o Palmeiras.
Em março deste ano, porém, Kleina ‘voltou para casa’, como ele mesmo disse, e logo em seu primeiro campeonato já ajuda a colocar a equipe em um de seus maiores momentos da história.